Encarados no Ocidente geralmente como “exóticos” ou mesmo “antiquados”, até hoje os palitos (também chamados hashi ou fashi) são um instrumento essencial para a alimentação dos chineses. Os primeiros registros de sua utilização datam de mais de 4.000 anos e a prática se espalhou por toda a região do leste asiático. Porém, essa antiga tradição corre o risco de não ser sustentável em longo prazo, não necessariamente por influência da cultura ocidental, mas pela própria viabilidade ambiental deste costume.
De acordo com uma reportagem do jornal britânico The Telegraph, o uso de palitos descartáveis gira em torno de 80 bilhões de pares por ano, o que exige desmatar anualmente cerca de 20 milhões de árvores de grande porte para sustentar a demanda. A questão também suscita preocupações em ambientalistas chineses, que garantem que a China, mesmo já dependendo da importação de madeira em larga escala, não poderá sustentar esse cenário por muito tempo.
Os dados acirraram mais uma vez o debate sobre substituir os palitos por talheres ocidentais, que são muito mais duradouros e mais práticos. Há sugestões para que se substituam os palitos descartáveis feitos de bambu ou madeira por garfos e facas, ao menos em hotéis e restaurantes, o que já diminuiria em muito a necessidade de produção. No entanto, a pressão social na China ainda é muito grande, pois para muitos chineses os singelos palitos representam um aspecto da identidade nacional ou da soberania do povo; assim, por mais que os palitos se mostrem uma opção insustentável, ainda é muito difícil que sejam descartados.
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