Em alguns países o trabalho voluntário pode ser altamente considerado e bem apoiado e, em outros, falta reconhecimento e muito apoio necessário, havendo, assim, menos voluntários. Isto é o que os repórteres do Epoch Times descobriram quando perguntaram aos habitantes locais de países como Argentina e Espanha:
O trabalho voluntário é valorizado em seu país ou visto como menos sério?
Buenos Aires, Argentina
Juan Carlos Santa Cruz, 53, fotógrafo
“Eu aprovo o trabalho voluntário e também o faço. Eu sei de muitos conhecidos e amigos que fazem este tipo de trabalho. Eles vão em abrigos de crianças, asilos; nesses lugares, eles ainda ajudam com o banho, doam cobertores, etc. Dessa forma, eu vejo o trabalho voluntário como uma coisa correta, é uma atividade nobre, muito louvável também.”
Zaragoza, Espanha
Ernesto Sanchez, 46, aposentado; trabalha em ONG
“Para mim, eu não acho que é valorizado. Há pessoas que têm a ideia de que as ONGs desviam fundos. As más ações de uns poucos mancharam a imagem dos muitos que trabalharam honestamente e de forma voluntária para os outros. Por outro lado, há pessoas na Espanha que não entendem por que lidam com os problemas de outros países, enquanto que na Espanha há um grande número de pessoas com necessidades por causa da crise.”
Maroochydore, Austrália
Darren Law, 34, técnico em telecomunicações
“Eu acho que os voluntários não recebem apoio suficiente. Eles são realmente importantes para todas as empresas e fazem um monte de trabalho nos bastidores que ninguém reconhece e realmente ajuda. Eles ajudam muito com todos os tipos de serviços. Há muito trabalho voluntário ligado à gestão e ajuda às pessoas menos privilegiadas.”
Manhattan, Nova Iorque, Estados Unidos
Andrea Kline, 28, fundadora da empresa Cão-Caminhada
“As pessoas querem ajudar. Elas veem o benefício em ajudar aqueles que são menos afortunados, mas acho que elas não têm tempo, porque trabalham muito, são muito ocupadas. Quando têm tempo livre, querem gastá-lo com a família. As pessoas definitivamente gostariam de ajudar. Cada dia de Ação de Graças tem voluntários que servem refeição. Acho que as pessoas geralmente querem ajudar, mesmo que seja apenas boas ações, como indicando direções, ajudando alguém. Os nova-iorquinos são muito simpáticos e prestativos, eu acho.”
Salvador, Bahia, Brazil
Jaguacira Andrade Menezes, 57, empreendedora social
“No nosso país, apesar do índice de pobreza ser alto, infelizmente, o trabalho voluntário não é valorizado como deveria. Falta conscientização por parte de nossos dirigentes e políticos, referente a necessidade de amparar, dando maiores condições de vida àqueles que não têm recursos. Num país tão grande em extensão, existe uma diversidade de condições social. Falta saúde, educação e moradia para a grande maioria, principalmente no Nordeste onde a seca contribui para tal.”
Lima, Peru
Juan Carlos Vargas, 46, promotor de vendas
“Voluntários não são valorizados no meu país. O voluntariado é uma tarefa muito importante, então eu acho que as condições devem ser melhorados. Sei que as pessoas que se oferecem não recebem nada. Mantimentos para alimentação e moradia adequada são necessários quando os voluntários vão a lugares remotos. O Estado não promove muito voluntariado, apenas as ONGs, porque elas recebem dinheiro do exterior. Algumas pessoas pensam que vão perder seu tempo, porque tudo depende de recursos econômicos, e não recebem um salário. O ato de ser voluntário não é pelo lado econômico, mas sim, altruísta.”
Dalby, Suécia
Sophia Roos, 21 anos, estudante e empregada em jardim de infância
É definitivamente um mérito. Fazer trabalho voluntário trás um status elevado na Suécia. Para mim, pessoalmente, é uma boa experiência para ver como a vida real funciona. Tenho três trabalhos voluntários diferentes, e eu aprendi muito.
Dubai, Emirados Árabes Unidos
Faisal Mohammad, 21, estudante
“Eu acredito que ainda não leva-se a sério como deveria, como fazem no Canadá e os EUA, mas aos poucos estamos progredindo com trabalhos de caridade.”
Procure a Pergunta Global semanalmente. Correspondentes do Epoch Times entrevistam pessoas em todo o mundo para aprender sobre suas vidas e perspectivas sobre as realidades locais e globais. A pergunta da próxima semana será: “O que a água significa para seu país?”