RIO DE JANEIRO – A festa dos 103 anos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro ofereceu ao público neste sábado (14), apresentações com os três corpos estáveis do Theatro: coro, ballet e orquestra. Apresentaram-se ainda a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, Os Pequenos Mozart, Grupo de Teatro do Colégio Estadual Walter Orlandini e a Companhia Jovem de Ballet.
No meio da tarde, às 15h, o Ballet do Theatro Municipal trouxe à cena um espetáculo de gala reunindo o que de melhor a companhia apresentou ao longo das últimas temporadas. No repertório, trechos das obras Carmen, de Roland Petit; Romeu e Julieta, de John Cranko; A Criação, de Uwe Scholz; Don Quixote, em versão de Dalal Ach-car, e Nascimento Novo, de David Parsons com trilha de Milton Nascimento.
O Coro e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal encerraram a comemoração às 20h30 oferecendo Rigoletto, ópera de Giuseppe Verdi com direção cênica de Píer Francesco Maestrini, regência do maestro Osvaldo Ferreira e, nos papeis principais, o barítono italiano Roberto Frontali (Rigoletto), a soprano albanesa Artemisa Repa (Gilda), o tenor carioca Fernando Portari (Duque), além de Savio Sperandio, Adriana Clis e Manuel Alvarez, entre outros. Uma das obras mais populares do repertório Verdiano, Rigoletto, que abriu a temporada lírica 2012 do Theatro Municipal, permanece em cartaz.
A comemoração do aniversário começou às 10h com um concerto nas escadarias do foyer de entrada com Os Pequenos Mozart, grupo formado por crianças de 3 a 14 anos, sob direção artística de Suray Soren. O conjunto, dono de um repertório que inclui obras de compositores clássicos assim como populares, encerrou sua participação executando ‘Parabéns para você’ acompanhado pelo público em coro.
Dando sequência à programação, os alunos da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa tomaram conta do palco para interpretarem um programa com as coreografias Fantasia Brasileira, de Eric Frederic sobre música de Gottschalk; Primeiros Passos, de Paula Albuquerque com música de J. Strauss; Tarantella, música popular italiana de Natalia Yananis; e O Sonho de Don Quixote, com música de Minkus em versão assinada por Dalal Achcar.
Com direção artística de Dalal Achcar e direção geral de Mariza Estrella, os membros da Companhia Jovem de Ballet do Rio de Janeiro dançaram peças de seu repertório: FugA_Technic@…, com música de Alexander Bàlanescu e coreografia de Eric Frederic; Pas-de-deux de Com Amor, de Dalal Achcar e música de Adolph Charles Adam; Mozarteando, criada por Ivonice Satie sobre obra de Mozart; Slow Dancer, de Boz Scaggs/Chie Ayado (música) e coreografia de Eric Frederic; Forró, música do Barbatuques, Naná Vasconcelos e Pedro Luís com coreografia de Janice Botelho.
O Theatro Municipal, vinculado à Secretaria estaudal de Cultura, é a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Foi inaugurado em 14 de julho de 1909. O desenho do edifício foi inspirado no Ópera de Garnier, de Paris, uma das obras-primas da arquitetura neobarroca, construído por Charles Garnier. Diferentemente de sua matriz, uma águia de cobre dourado de 350 quilos, 6 metros de envergadura e 2,8 metros de comprimento no topo do teatro enfeita e caracteriza o Theatro Municipal. Seu restaurante, o Assyrio, é peça única em toda a América do Sul. Todo revestido de cerâmica esmaltada, é inspirado na antiga Babilônia.
Valioso patrimônio brasileiro com expressivo significado cultural, histórico, estético e artístico, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro é a única instituição cultural brasileira na atualidade a manter simultaneamente um coro, uma orquestra sinfônica e uma companhia de balé.
