O procedimento é indicado para dores crônicas que não respondem bem ao tratamento medicamentoso ou à fisioterapia
Claro que não se usa uma britadeira para um tratamento de saúde, mas a metáfora ajuda a exemplificar como funciona a Terapia por Ondas de Choque, opção importante para quem tem dor crônica, e não responde ao tratamento convencional, mas não tem indicação para cirurgia.
Diferentemente de outros tratamentos, neste caso, há uma ação mecânica do aparelho no corpo do paciente. Uma onda acústica produz microbolhas que se chocam com a região a ser tratada, produzindo uma contração e, depois, expansão do tecido. Não há, portanto, choque elétrico.
“O paciente sente uma vibração, como se fosse uma mini britadeira, que causa um impacto e penetra no local a ser tratado. A energia dessa onda diminui a tensão muscular, melhorando a circulação sanguínea, regenerando os tecidos e também neutralizando os neurotransmissores relacionados à dor”, explica o Dr. Luis Carlos Onoda Tomikawa, fisiatra do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho e responsável pela técnica na instituição.
O procedimento é indicado para dores crônicas que não respondem bem ao tratamento medicamentoso ou à fisioterapia. “Essa é uma opção importante, pois tem de 65% a 91% de taxa de sucesso, segundo estudos recentes” reforça. Em geral, poucas sessões são suficientes para que se alcance o melhor efeito terapêutico.
Entre as indicações do aparelho estão tendinopatias, epicondilites (cotovelo de tenista), fascite plantar, tendinopatia calcárea ou não do ombro, tendinite patelar, bursites, dor miofascial, entre outras doenças que, se não tratadas, são causas de dor prolongada (por mais de três meses).
A cirurgia deve ser uma das últimas opções para o tratamento da dor crônica. Procure seu médico (ortopedista, neurologista, fisiatra etc) para saber se você pode ter a indicação do tratamento por terapia por ondas de choque.
Esse conteúdo foi originalmente publicado no site do Hospital Nove de Julho.