Desde a época do julgamento do mensalão, o advogado Teori Zavascki gera-me uma sensação de desconforto. Sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal (STF), patrocinada por Lula, tinha por alvo aliviar as penas para a quadrilha chefiada “oficialmente” por Zé Dirceu, já que seus membros eram todos lulistas convictos, indiretamente subordinados à Casa Civil.
Para mim, Teori sempre representou o inimigo, mesmo que usasse no ajuizamento do processo argumentos não tão explícitos.
Ele agora reaparece e, a meu modo de ver, de maneira consistente com suas posições anteriores: deixou livre o ex-diretor da Petrobras e principal responsável pelo prejuízo causado à empresa no affair Pasadena.
É uma pena verificar o engajamento político-partidário de um integrante do mais elevado tribunal de justiça do país, o que justifica a desconfiança em todas as sentenças que de sua cabeça emanarem.
Arthur Chagas Diniz é vice-presidente do Instituto Liberal