Tendo escapado da perseguição, irmãs pedem ajuda

19/09/2012 07:14 Atualizado: 24/09/2012 01:05
Ma Chunxia (esquerda) e Ma Chunmei (direita) seguram uma faixa pedindo ajuda para sua irmã num protesto diante do consulado chinês em Nova York em 17 de setembro. Sua irmã Ma Chunling foi detida pelas autoridades comunistas em Dalian há duas semanas. (Angela Wang/The Epoch Times)

NOVA YORK – As irmãs Ma Chunmei e Ma Chunxia, que escaparam da perseguição do regime comunista chinês ao Falun Gong na China, apelaram ao regime diante do consulado chinês em Nova York na segunda-feira pela libertação de sua outra irmã, Ma Chunling.

Ma Chunling é uma vendedora de seguros que foi presa em 29 de agosto na cidade costeira de Dalian. Ela foi denunciada às autoridades por um tripulante do navio de cruzeiro com quem ela mencionou o Falun Gong.

O Falun Gong é uma disciplina espiritual que envolve viver de acordo com os princípios da verdade, compaixão e tolerância e fazer exercícios de meditação.

Em 1999, o então líder chinês Jiang Zemin começou uma campanha para erradicar a prática na China. Jiang Zemin temia a popularidade da prática (que tinha 100 milhões de adeptos no início de 1999, segundo o Centro de Informações do Falun Dafa) e a atração estimulada no povo chinês por seus ensinamentos morais tradicionais.

Como resultado da campanha de Jiang Zemin, que ainda continua 10 anos após Jiang Zemin ter deixado o cargo, Ma Chunling está presa num centro de detenção local chamado Yaojiao.

“Ela é a mais doce entre nós três. Como sou o mais nova da família, ela sempre cuidou de mim quando eu crescia”, disse Ma Chunxia com coração partido, que agora vive em Nova York.

Ma Chunmei, a mais velha das três irmãs, reside em Washington DC. Ela e Ma Chunxia fizeram seu caminho para os Estados Unidos há dois anos pedindo asilo no escritório de refugiados das Nações Unidas na Tailândia.

Como sua irmã, Ma Chunmei foi perseguida por sua crença no Falun Gong quando vivia na China. De 2000 a 2004, ela foi submetida a longas horas de trabalho forçado, lavagem cerebral e tortura num campo de concentração chamado Heizuizi na província de Jilin, nordeste da China.

O abuso físico era uma rotina diária em Heizuizi e as autoridades se certificavam de que os guardas do campo fizessem todo o possível para tentar fazer os praticantes do Falun Gong assinarem documentos de renúncia à sua crença. Para aqueles que se recusavam a fazê-lo, como Ma Chunmei, métodos de tortura como o “leito da morte” são usados.

“O ‘leito da morte’ é uma prancha de metal com correntes e algemas para prender os quatro membros. Uma vez, fui colocada num leito da morte por três dias”, recordou Ma Chunmei perturbada. “Eu tinha hematomas de espancamento por todo meu corpo. Quando finalmente fui autorizada a sair da cama, me senti como morta. Então, entendi por que era chamado de ‘leito da morte’”.

Ma Chunling.

Campos de trabalho como Heizuizi são instrumentos de lucro utilizados pelas autoridades comunistas para enriquecer.

“Todos os dias, tínhamos de trabalhar 16 a 17 horas. Quando íamos ao banheiro e não saíamos tão rapidamente quanto os guardas queriam, eles gritavam conosco e nos espancavam”, disse Ma Chunmei.

Ela recordou ter encadernado livros ingleses dos Contos de Grimm para serem exportados, fazer pauzinhos de comer e embalar suplementos nutricionais naturais num “ambiente imundo”.

Tanto Ma Chunxia como Ma Chunmei foram introduzidas ao Falun Gong por Ma Chunling.

“O Falun Gong ensina os princípios de verdade, compaixão e tolerância. Antes de começarmos a praticar o Falun Gong, alguns dos meus clientes, com quem eu não me dava bem, eram como inimigos para mim. Mas depois eu passei a tratar nossa relação como exigido pela prática, então, o mal-estar entre nós foi removido”, disse Ma Chunmei que possuía um posto de gasolina na província de Jilin antes da perseguição. “Muitos moradores se tornaram praticantes após ouvirem sobre o Falun Gong de nós. De vez em quando, cerca de 70 a 80 pessoas praticavam os exercícios do Falun Gong numa pequena área próxima de nosso posto de gasolina [antes da perseguição começar].”

“Eu poderia citar uma dúzia de pessoas que perderam suas vidas durante a perseguição. Eu não quero que o mesmo aconteça a Ma Chunling”, disse Ma Chunmei. “Quero que esta perseguição brutal pare e quero que Ma Chunling saia de lá viva.”

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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.