Assistindo à crise da China, as pessoas nas democracias ocidentais enfrentam um teste de consciência
Na batalha entre o bem e o mal, não existem espectadores. Desde fevereiro, a atenção internacional tem se focado num importante acontecimento político após o outro na China.Na noite de 6 de fevereiro, Wang Lijun, o vice-prefeito e ex-chefe de polícia de Chongqing, fugiu para o Consulado dos EUA em Chengdu e revelou um plano para lançar um golpe de Estado envolvendo Bo Xilai, o chefe do Partido Comunista em Chongqing, e Zhou Yongkang, o czar da segurança interna. Pouco mais de um mês depois, Bo Xilai foi removido do cargo.
Em seguida, os terríveis crimes cometidos durante a perseguição ao Falun Gong por Zhou Yongkang e pelo Comitê de Assuntos Políticos e Legislativos (CAPL), que ele comanda, começaram a vir à tona. Ao mesmo tempo, a expansão sem precedentes do poder do CAPL e seu abuso extrajudicial da autoridade se tornaram amplamente conhecidos.
Na semana passada, o advogado cego defensor dos direitos humanos Chen Guangcheng escapou de uma prisão domiciliar na província de Shandong e fugiu para a embaixada dos EUA em Pequim. A situação de Chen foi mais um exemplo das sombrias operações do CAPL e fez com que a atenção do mundo acompanhasse mais de perto as condições dos direitos humanos na China.
Não simplesmente lutas internas
A cobertura da mídia tem frequentemente descrito esta série de eventos como casos de disputas internas entre os funcionários de alto nível no Partido Comunista Chinês (PCC), mas a história não é tão simples.
Durante os 63 anos do longo domínio do PCC na China, ele cometeu inúmeros crimes contra o povo chinês. Nos cinco mil anos de história da China, nenhuma dinastia ou figura política matou tantos cidadãos chineses como o PCC. Em tempos de paz, o PCC tem perseguido centenas de milhões de chineses, causando a morte de 80 milhões de chineses por causas não naturais. Isso é mais do que o número estimado de mortes da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais combinadas.
O dano que o PCC tem causado aos corpos, espíritos e à cultura da população chinesa não poderia ser mais grave. Os 13 anos de perseguição aos 100 milhões de praticantes do Falun Gong são absolutamente monstruosos, enfurecendo ambos o céu e a humanidade.
Os crimes cometidos pelo PCC contra o povo chinês têm consequências, e o regime do PCC está prestes a cair. Agora, as pessoas de bem precisam tomar uma decisão moral quanto ao futuro da China.
Ponto decisivo
A tempestade política que abalou os mais altos quadros do PCC tem estado relacionada com a tentativa de evadir a culpa pelo mal. O líder do PCC, Hu Jintao, o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e o provável próximo chefe do PCC, Xi Jinping, não querem ser responsabilizados pela perseguição ao Falun Gong, que foi iniciada em 1999 pelo ex-líder do PCC Jiang Zemin.
Jiang Zemin, Zhou Yongkang, Bo Xilai e outros querem evitar prestar contas dos crimes que cometeram na tentativa de “erradicar” o Falun Gong. Eles estavam dispostos a ir tão longe quanto tramar um golpe de Estado, a fim de manter o poder firmemente em suas mãos.
Mas o momento deles passou. Toda a sociedade chinesa, dos oficiais de alto escalão até os camponeses comuns, não gosta da perseguição ao Falun Gong. Os praticantes do Falun Gong têm pacientemente ensinado ao povo da China sobre a maldade da perseguição e a generosidade de sua prática espiritual. Os praticantes têm transformado a situação na China.
Hoje a História nos apresenta uma escolha: se continuar a perseguição a milhões de inocentes praticantes do Falun Gong e a opressão de pessoas como Chen Guangcheng, ou se levar os culpados à Justiça e proteger os direitos básicos e bem-estar do povo. O que tem sido chamado de uma luta pelo poder é na verdade uma batalha entre o bem e o mal e uma decisão entre a moralidade e a justiça ou o inverso.
Prisão negra
Trazer os perseguidores à Justiça irá ganhar o coração das pessoas. Ao assistir às imagens de vídeo de Chen Guangcheng no YouTube, o mundo tem ficado enfurecido por sua trágica condição e pela profanação dos direitos humanos do povo chinês. Na China, há inúmeras pessoas que têm experiências tão chocantes como as de Chen Guangcheng.
Considere os casos do advogado defensor dos direitos humanos Gao Zhisheng, do ativista contra a AIDS Hu Jia, do artista Ai Weiwei e de outros cujos nomes e histórias são conhecidos em todo o mundo.
Considere os milhões e milhões cujos nomes são desconhecidos: peticionários, religiosos, pensadores independentes, camponeses, proprietários de casa, famílias que desejam ter um segundo filho, e outros que têm pessoalmente experimentado os métodos estilo gangster do regime comunista chinês e a ilegalidade do CAPL.
Considere como milhões de praticantes do Falun Gong inocentes têm sido vilipendiados pela propaganda do regime e obrigados a suportar mal-entendidos do público devido a fraudes como as auto-imolações na Praça Tiananmen.
Considere também como os praticantes são torturados, forçados a negar suas crenças e submetidos a extração forçada de órgãos enquanto ainda vivos, uma atrocidade nunca antes ocorrida em toda a História desta Terra.
A ausência de justiça está em toda parte e a sociedade chinesa tem sido transformada numa gigantesca prisão negra.
Veredito da História
Qualquer um da cúpula do PCC que deseje desintegrar esta prisão negra, devolver a liberdade ao povo e reparar as injustiças, está fazendo a coisa certa. Aqueles que querem manter a prisão negra e, pior ainda, acumular mais abusos, são os arqui-inimigos do povo chinês.
Na China antiga, uma regra simples era aceita: boas ações são recompensadas com o bem; más ações recebem o mal em troca. Na verdade, este princípio guia a História. A altura da nossa moralidade, nossa benevolência e nossa retidão, determina o nosso futuro.
Trazer à Justiça os culpados por trás da perseguição ao Falun Gong é um ato de consciência e coragem que cria um novo futuro para a China. Tais atos serão apoiados e ganharão a confiança do povo.
Todos na China, de Hu Jintao, Wen Jiabao e Xi Jinping aos cidadãos comuns, têm a oportunidade de escolher de que lado se posicionar. Um indivíduo pode optar por ficar do lado da justiça e da moralidade ou ficar com a opressão e as trevas. Neste momento crucial na História, esta escolha determinará o destino de cada indivíduo.
As pessoas têm esperado tanto, e o veredicto da história está pronto para ser entregue. Enormes mudanças estão a ponto de nos acontecer. Este momento vai além das fronteiras de políticas e revoluções. É um momento de escolha fundamental.
Indivíduos em todo o mundo livre não podem permanecer como testemunhas inertes. Eles também têm de fazer uma escolha. Eles também têm de se posicionar com ou contra o povo chinês, com ou contra a moral, com ou contra a liberdade, e com ou contra o futuro.