O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) começou ontem (9) o segundo mutirão de cirurgias de mão do ano, beneficiando 80 pacientes que sofrem com a síndrome do túnel do carpo. O objetivo da ação é acelerar o atendimento aos pacientes com a doença, que leva à perda progressiva da sensibilidade nas mãos e nos dedos. O trabalho prossegue até sexta-feira (13).
A síndrome do túnel de carpo é a maior demanda recebida pelo centro especializado em mão do Into e suas causas podem ser diversas, como doenças reumáticas, diabetes e hipotireoidismo. De acordo com o chefe do Centro de Cirurgia de Mão, Anderson Monteiro, a doença tem maior incidência entre as mulheres com mais de 40 anos, devido à variação hormonal na menopausa.
“Em 95% dos casos, o problema atinge os dois punhos, causando a perda progressiva da sensibilidade da ponta dos dedos. Se a doença não for tratada de forma adequada e em tempo hábil, ela pode ocasionar a dormência total e permanente. Por conta disso, há uma alta incidência da pessoa que tem a síndrome de ser afastada do trabalho”, informou Monteiro.
Ainda de acordo com o médico, o tratamento cirúrgico consiste na liberação do túnel do carpo, que fica localizado na parte anterior dos punhos, por onde passam os tendões flexores dos dedos e o nervo mediano. No primeiro mutirão de cirurgias de mão do ano, em setembro, 100 pacientes que sofriam da síndrome foram operados.
Esse conteúdo foi originalmente publicado no site da Agência Brasil