Na teoria o que aconteceu foi apenas mais um adiamento da decisão definitiva acerca do assunto no TCU, aliás pela terceira vez, neste último caso o fato se deu com o pedido de vista do ministro Aroldo Cedraz para ter mais prazo para análise do processo, o pedido foi feito durante sessão plenária desta terça-feira (27).
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Na prática o assunto já está vencido em favor de Graça, diga-se, da pressão política sofrida pelo colegiado em benefício da presidente da Petrobras, vindo do governo Dilma, para evitar que aconteça o bloqueio dos bens de Graça Foster. São nove ministros integrantes do colegiado do TCU, dos quais cinco já votaram favoráveis ao não bloqueio dos bens de Foster e também do ex-diretor da empresa, Jorge Zelada.
Presente a todo instante no julgamento, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, vem pressionando os ministros, numa forma de reforçar o posicionamento do governo.
Por determinação da presidente Dilma Rousseff, Adams defende a individualização do bloqueio de bens e, em plenário, pediu a exclusão da responsabilização de Graça.
O processo se deve à responsabilidade no negócio que causou prejuízo de US$ 792,3 milhões à estatal pela compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, exorbitantemente acima do valor de mercado.