A taxa de aprovação do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, caiu para 30,2% em setembro, contra 35,4% em julho, de acordo com pesquisa do instituto Datanalis, em meio a uma crise econômica e política que liquidou a sua popularidade.
O país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), enfrenta a maior inflação anual do hemisfério ocidental, de 63,4%, desabastecimento crônico de bens de consumo e uma economia que, segundo líderes empresariais, entrou em recessão.
A pesquisa realizada entre 25 de setembro e 7 de outubro mostrou que 80,1% dos entrevistados têm uma percepção desfavorável do modelo econômico do país, baseado no petróleo e criado pelo falecido chefe socialista Hugo Chávez.
Nicolás Maduro ganhou a Presidência no ano passado, após a morte de Chávez por conta de um câncer, por uma margem estreita e sua popularidade vem caindo desde então.
A situação geral do país é vista negativamente por 81,6% da população, de acordo com a pesquisa.
O apoio a Henrique Capriles, candidato à Presidência pela oposição por duas vezes e governador do Estado de Miranda, o segundo mais populoso do país, é de 42,1%.
Esse número fica um pouco abaixo do apoio ao líder oposicionista preso Leopoldo López, que é de 45,6%.
Ele está sendo julgado por ter liderado manifestações neste ano que duraram três meses e frequentemente tornaram-se violentas em busca da renúncia de Maduro.