Novos esforços numa campanha de resgate que pede a libertação de um cidadão de Taiwan detido na China foram feitos recentemente antes das negociações entre oficiais de Taiwan e da China.
A campanha, que reuniu grupos de direitos civis, clubes de estudantes e ativistas, exige a libertação imediata de Chung Ting-pang, um praticante do Falun Gong taiwanês que foi preso pelas autoridades chinesas em junho enquanto visitava seus parentes na China continental.
O mais novo alvo de protesto é a reunião entre Chiang Pin-kung de Taiwan, chefe da Fundação de Intercâmbio do Estreito, e Chen Yunlin, presidente da ‘Associação para as Relações através do Estreito de Taiwan’ da China comunista, que começou em 8 de agosto.
Os defensores de Chung Ting-pang dizem que o encontro deve ser cancelado se não houver progresso em libertar Chung Ting-pang.
Em 3 de agosto, numa conferência de imprensa organizada pelo Conselho de Assuntos Continentais, um órgão administrativo de Taiwan encarregado das políticas relacionadas ao Estreito, um funcionário expressou apoio pelo caso de Chung Ting-pang.
Em resposta a uma pergunta sobre se o caso Chung seria discutido na reunião Chen-Chiang, o ministro Shin-Yuan Lai disse que as autoridades chinesas deveriam explicar claramente que leis ele violou e “se ele não o fez [violou qualquer lei], devemos solicitar sua libertação o mais rápido possível”.
Chung foi preso no aeroporto Ganzhou na província de Jiangxi, quando se preparava para regressar a Taiwan. Ele foi acusado de “minar a segurança nacional e pública”, alegadamente por planejar interceptar transmissões de televisão e rádio.
Teresa Chu, porta-voz da equipe de advogados do Falun Gong em Taiwan, refutou as alegações feitas pela a agência de notícias estatal chinesa Xinhua num artigo publicado em 5 de agosto. A Xinhua havia afirmado que Chung “admitiu o crime e se arrependeu com boa atitude” e que seus “direitos e interesses legítimos foram efetivamente protegidos”.
Teresa Chu divulgou um comunicado dizendo que Chung Ting-pang não violou qualquer lei, nacional ou internacional.
Ela assinalou que a detenção de Chung Ting-pang no aeroporto Ganzhou não seguiu procedimentos legais e que o caso Chung Ting-pang foi avaliado pela Anistia Internacional, que observou que ele corre risco de “tortura e outros maus-tratos”.
Ela também disse Chung Ting-pang está vulnerável a confissões forçadas mediante tortura, enquanto estiver sob a custódia das forças de segurança chinesas.