Um taiwanês preso na China por acusações relacionadas a sua adesão a um movimento espiritual banido poderia enfrentar “tortura e outros maus-tratos”, dizem grupos de direitos humanos.
Chung Ting-pang foi preso no aeroporto Ganzhou em 18 de junho, quando deixava a China para retornar a sua Taiwan natal. Sua família conseguiu contatá-lo apenas uma vez desde que foi detido há um mês.
A Anistia Internacional lançou um apelo na semana passada pedindo ao regime chinês para “esclarecer as acusações contra Chung Ting-pang e libertá-lo, a não ser que seja acusado de uma ofensa criminal reconhecível internacionalmente.”
Por três dias antes de sua prisão, Chung visitava seus familiares na cidade de Yongkang, na província chinesa de Jiangxi.
Seus familiares afirmaram que as autoridades de Jiangxi chamaram-no para ajudar em “uma investigação das atividades do Falun Gong”.
No entanto, um artigo separado da mídia estatal Xinhua disse que ele tinha sido acusado de tentar transmitir material do Falun Gong na rede de TV oficial.
Chung é um praticante do Falun Gong, uma prática espiritual pacífica que foi proibida em 1999 por causa de sua popularidade na China. Seus praticantes têm enfrentado tortura, intimidação e há várias evidências que sugerem que eles têm sido usados como doadores forçados no terrível comércio de órgão na China.
No comunicado, a Anistia publicou os nomes e endereços de três autoridades regionais e pediu a seus membros para escreverem para eles suas preocupações sobre Chung.
Especificamente, os membros devem procurar garantias de que Chung não será torturado e que tem “acesso imediato a advogados, a sua família e a toda atenção médica que possa precisar”.