Chien Chih-lin, um funcionário de alto escalão da empresa taiwanesa de telecomunicações HTC, foi preso por roubar segredos comerciais da empresa e cooperar com o Partido Comunista Chinês, segundo Wang Hsueh-hung, a presidente da HTC. Agora, Chien Chih-lin, o diretor-geral-adjunto e gerente do Centro de Inovação Tecnológica e Desenvolvimento da HTC, está sob a custódia da Procuradoria do Distrito de Taipei.
De acordo com a sede do China Times em Taiwan, Wang Hsueh-hung disse que o executivo Chien Chih-lin, o diretor Wu Chien-hung e o designer Huang Hung-yi desviaram mais de TW$ 10 milhões (US$ 334.140), sob o pretexto de usar mão de obra terceirizada para a concepção de um novo smartphone da HTC. Chien Chih-lin também é suspeito de roubar o Sense 6.0, um software de interface do usuário da HTC, e outros segredos comerciais.
Chien tem trabalhado para a HTC por 13 anos e frequentemente viajava à China continental para promover produtos. De acordo com a Taiwan Central News, muitos funcionários da HTC ficam surpresos ao saber que Chien era suspeito de vazar segredos comerciais.
A Procuradoria do Distrito de Taipei iniciou uma investigação e inquérito em 30 de agosto. Mais de TW$ 6 milhões foram encontrados na casa de Chien e em sua conta da empresa. Foi encontrado TW$ 1 milhão na conta de Wu Chien-hung e de sua esposa. A polícia também encontrou projetos de telefone celular, gráficos, listas de clientes e dados relacionados nos computadores de Chien e Wu. Os dois homens foram detidos em 31 de agosto sem oferecer resistência.
Chien Chih-lin, nascido em 1963, recebeu o grau de mestre em design industrial da Universidade Shih Chien de Taiwan. Chien e Wu pretendiam desistir de seus cargos na HTC e levar projetos de design inéditos consigo para apresentarem a empresas chinesas do continente, segundo investigadores. Os dois afirmaram que os dados não constituem “segredos comerciais”.
A Procuradoria afirma que Chien e Wu são suspeitos de violar a Lei de Segurança e Intercâmbio. De acordo com as alterações à Lei de Segredos Comerciais, que foram aprovadas em maio deste ano, vazar segredos para países estrangeiros ou para a China continental pode levar a uma pena de prisão de dez anos. Este caso é o primeiro a enquadrar-se e pôr em uso a lei emendada.