Taça da Copa chega ao Brasil

23/04/2014 18:36 Atualizado: 23/04/2014 20:40

O tamanho não é daqueles que chama a atenção por si só. São 36,8 centímetros de altura e 6,175 quilos.  Mas, em seus 18 quilates de ouro maciço suportados por uma base de 13 centímetros de diâmetro, a taça da Copa do Mundo congrega as expectativas de 32 seleções, se alinha com as projeções de milhões de torcedores e mexe com o imaginário de todos os que têm de alguma forma a vida conectada ao futebol.

Gente como o aposentado José Antonio Soares, de 71 anos. “Nascido tricolor”, como gosta de enfatizar,  ele bate o olho na taça que será disputada no Mundial de 2014 e imediatamente se transporta para 1950. Na época, ele tinha sete anos e o troféu era outro, o Jules Rimet. Mas o ambiente de Copa está entre as suas primeiras lembranças. “Eu não fui ao estádio, mas tenho muitos dos lances narrados pela visão do meu pai, que estava lá testemunhando. E desde então a taça da Copa carrega muitas simbologias”, afirmou.

José Antonio foi um dos primeiros a conferir de perto o Tour da Taça, no Maracanã, no Rio de Janeiro. O troféu chegou ao Brasil depois de uma jornada de 150 mil quilômetros por 90 países. Tour que teve início em 12 de setembro de 2013, com uma cerimônia aos pés do Cristo Redentor. Agora, nessa etapa nacional, o troféu passará por 27 cidades brasileiras. É a primeira vez que todas as capitais de um país-sede serão contempladas. Haverá 26 escalas até chegar a São Paulo, no dia 29 de maio. A capital paulista será sede da abertura do Mundial, no jogo entre Brasil x Croácia, agendado para 12 de junho.

Clube restrito

Objeto de desejo de todos, a taça pode ser tocada, na prática, por muito poucos. Apenas campeões mundiais e chefes de Estado têm o direito de manusear o troféu. No Rio, coube ao capitão do Tri, Carlos Alberto Torres, apresentar a escultura criada pelo milanês Silvio Gazzaniga.

“Ela mais uma vez chega ao Brasil. E mais uma vez tenho a honra e felicidade de apresentá-la. Eu tenho um amigo no futebol, o alemão Franz Beckenbauer, e ele costuma brincar comigo dizendo que deixou eu levantar a taça velha, em 1970, para levantar a nova em 1974. E eu respondo: ‘nós fizemos questão de ganhar em 1970 para  que você tivesse a oportunidade quatro anos depois’”, brincou o autor do antológico quarto gol na final contra a Itália, no Mundial disputado no México.

Para ele, há boas chances de que o troféu seja erguido, em 13 de julho, depois da final no Rio de Janeiro, pelo capitão da equipe brasileira. “Torço para isso. É um grupo jovem, formado nos últimos três anos, mas que tem potencial. Acredito que a taça fica entre as forças tradicionais, como Brasil, Alemanha, Itália, Espanha e Argentina”, comentou.

A opinião do Capita, como é carinhosamente chamado pelos seus colegas da geração de 1970, tem respaldo na ala mais jovem. Darlan Oliveira e Bruno Dantas são amigos de classe na escola Elite, em Vila Valqueire, no Rio de Janeiro. Para eles, tirar fotos com a taça foi bacana, mas bom de verdade será ver o Brasil levantá-la depois da final. “Com um gol do Fred”, disse Bruno, tricolor de 10 anos. Já que não há rubro-negros na equipe de Felipão, Darlan prefere que Neymar faça as honras. “Vai ser difícil. Argentina, Espanha, Holanda e Itália são adversários bem complicados”, estimou o estudante, de 11 anos.

Serviço

No Rio de Janeiro, o evento terá duração de quatro dias. A visitação pode ser feita das 9h às 21h. O acesso é pelo Portão 3 do Maracanã, pela Rua Mata Machado. Do Rio, a taça seguirá para Porto Alegre.

A exposição completa que abriga a taça reúne, ainda, vídeos de outras edições dos Mundiais, bolas de edições anteriores da Copa e espaços de lazer, com palco para shows e brinquedos infláveis. Para ter acesso ao tour, é necessário fazer um cadastro no site da empresa patrocinadora do evento.

Tour da Taça da Copa do Mundo de 2014 pelas cidades brasileiras (Portal da Copa)
Tour da Taça da Copa do Mundo de 2014 pelas cidades brasileiras (Portal da Copa)

Fonte : Portal da Copa