Suu Kyi começa turnê europeia pedindo investimento para Birmânia

15/06/2012 03:00 Atualizado: 15/06/2012 03:00

Aung San Suu Kyi (centro), líder da oposição na Birmânia, deixa o Palácio Federal Suíço com o ministro das Relações Exteriores suíço, Didier Burkhalter (2º à direita), em Berna, em 14 de junho, em sua primeira viagem à Europa desde 1988 em que aceitou formalmente a Prêmio Nobel da Paz, colocando-a no centro das atenções mundiais duas décadas atrás. (Sebastien Bozon/AFP/Getty Images)Aung San Suu Kyi, líder da oposição democrática birmanesa, iniciou sua primeira viagem pela Europa em Genebra a serviço do governo da Birmânia, 24 anos depois de ter aí estado para receber o Prêmio Nobel da Paz. Ela esteve na Organização Internacional do Trabalho (OIT) das Nações Unidas, onde apelou por investimento para seu país de origem.

“O investimento estrangeiro direto que resulta na criação de emprego deve ser convidado. Os investidores devem aderir aos códigos de boas práticas. Controlar os registros no que diz respeito às normas de trabalho reconhecidas internacionalmente e de responsabilidade ambiental deve ser observado”, disse Suu Kyi aos delegados da OIT na quinta-feira.

Suu Kyi pediu à comunidade internacional para investir no desenvolvimento econômico da Birmânia. Depois de anos pressionando a opressiva junta militar da Birmânia com sanções, a União Europeia, os Estados Unidos e outras nações ocidentais têm gradualmente aliviado as sanções em resposta ao ritmo acelerado das reformas na Birmânia (também chamada de Mianmar). Algumas das mudanças mais significativas são a libertação dos prisioneiros políticos, principalmente se Suu Kyi, e a realização de eleições multipartidárias. “Eu gostaria de pedir ajuda que reforce o processo de democratização e conduza ao progresso social e econômico que é benéfico para a reforma política”, disse Suu Kyi.

Suu Kyi ressaltou que o desemprego juvenil é galopante em seu país e é um fator que ameaça a estabilidade da Birmânia. “Os jovens desempregados perdem a confiança na sociedade que falhou em lhes dar a chance de realizar seus potenciais”, disse ela, acrescentando que “a formação profissional ligada à criação de emprego é imprescindível se quisermos salvaguardar o futuro, dando a nossa juventude a capacidade de lidar de forma eficaz com a responsabilidade que um dia inevitavelmente recairá sobre eles.”

De Genebra, Suu Kyi viajará à Noruega, Grã-Bretanha, Irlanda e França.