Supervulcões podem se desenvolver mais rápido do que imaginado

22/11/2012 01:00 Atualizado: 06/08/2013 18:15
Esta visão tridimensional de Long Valley, Califórnia, foi criada a partir de dados obtidos pelo Radar de Imagem Espacial-C/SAR-X , a bordo do ônibus espacial Endeavour (NASA/JPL)

O enorme reservatório de magma que desencadeia uma super-erupção vulcânica só pode existir por algumas centenas ou milhares de anos, sugere um novo estudo realizado nos EUA.

Quando supervulcões entram em erupção, eles podem despejar mais de 100 vezes a matéria que resulta de uma erupção regular, cujo potencial pode afetar o clima da Terra e até mesmo aniquilar a humanidade.

Uma câmara de magma se desenvolve, abaixo do solo, de 800 metros a cinco quilômetros, geralmente criando um formato de panqueca entre 16 e 40 quilômetros de largura. Anteriormente, pensava-se que permanecia efervescente de 100 mil a 200 mil anos antes de uma erupção.

“Nosso estudo sugere que, quando essas piscinas de magma excepcionalmente grandes se formam, são passageiras e não podem existir por muito tempo sem entrar em erupção”, disse o líder da pesquisa, Guilherme Gualda, da Universidade Vanderbilt num comunicado à imprensa.

Uma vez formado, o corpo de rocha fundida desenvolve bolhas e cristais que alteram as propriedades do magma. Atualmente, não se conhece uma piscina de magma sem cristais que possa produzir uma super-erupção, o que significa que essas piscinas não têm um longo período de vida.

A equipe de Gualda examinou os restos da super-erupção de Long Valley de 760 mil anos atrás no tufo do bispo (Bishop Tuff) na Califórnia.

Estimativas sobre a idade foram feitas anteriormente com base na baixa radioativa em cristais de zircão, mas como eles são flexíveis às condições de um reservatório de magma, eles não são realmente utilizáveis para medir sua idade.

Ao invés disso, os pesquisadores analisaram as taxas de cristalização do quartzo, que revelam mudanças na crosta anteriores à formação da piscina. Eles descobriram que a câmara levou entre 500 e 3 mil anos para se formar.

“O fato do processo de formação do corpo de magma ocorrer no tempo histórico, e não no tempo geológico, muda completamente a natureza do problema”, Gualda disse.

Em conclusão, os pesquisadores disseram que os geólogos deveriam monitorar áreas de supervulcões em potencial, mais regularmente, para obter um aviso no caso de um reservatório de magma de tais proporções se desenvolver.

O estudo foi publicado na revista PLoS ONE em 30 de maio.

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