Startup israelense apresenta solução para os caros e ineficientes painéis solares

20/11/2015 07:00 Atualizado: 19/11/2015 23:44

A energia solar é a fonte de energia elétrica renovável que cresce mais no mundo. O desenvolvimento de sua capacidade anual aumentou 40 por cento entre 2000 e 2011. Entretanto, ainda há diversos desafios para o crescimento futuro da energia solar, como a relação do custo/benefício, a integração na rede e o armazenamento de energia para uso posterior.

Hoje, os líderes na fabricação de células fotovoltaicas atingiram o limite dos painéis convencionais, e os governos estão cortando subsídios para a instalação de painéis solares, optando por investir em novas tecnologias solares.

Uma startup israelense, sem se intimidar com os desafios, desenvolveu um método de impressão inovador, que faz mais, com menos materiais. A Utilight, com sede em Yavne, Israel, foi fundada em 2008, e utiliza uma tecnologia de impressão chamada Pattern Transfer Printing (PTP), ou transferência padrão de impressão, que foi especialmente desenvolvida para a fabricação de células fotovoltaicas em grandes quantidades.

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“Os fabricantes de células fotovoltaicas precisam adotar novas maneiras para garantir avanços substanciais em eficiência, a fim de ser competitivo nesse próspero mercado”, afirma o site da empresa.

A nova camada condutora aplicada às células necessita de muito menos metal, e, ao mesmo tempo, as células convertem energia de forma mais eficiente. A empresa utiliza menos 70% da cola prata de padrão industrial necessária para fazer as bordas da plataforma de silicone, que evita possíveis rachaduras ou quebras. Ao utilizar a tecnologia PTP, a estrutura das linhas de prata tornou-se mais fina, permitindo mais espaço para a plataforma, o que reduz significativamente o custo das células e dos materiais.

O processo se assimila facilmente às linhas de produção de fabricação em grandes quantidades já existentes, “utilizando as mesmas pastas de metal, as mesmas sequências de produção e a mesma manutenção de durabilidade das células”, segundo o site. Ele requer apenas a adição de um módulo, com um investimento mínimo.

A empresa, que desenvolveu parcerias estratégicas com os principais fabricantes de células solares da China e de Taiwan, inicialmente destinava-se a atender apenas os fabricantes de painéis solares. Entretanto, eles afirmam que a tecnologia pode ser usada para várias outras aplicações na indústria eletrônica, incluindo telas sensíveis ao toque e dispositivos de embalagem.