A Fonoteca Nacional do México vem registrando há bastante tempo diversos sons de animais selvagens em florestas do México, porque “ao longo da história muitos sons se perderam, outros permaneceram e outros desapareceram gradualmente ao se extinguir as fontes de onde eles surgiram”.
Há diferença entre o som de um animal em liberdade e o som do mesmo animal em cativeiro? Ou entre o som do rio contaminado e o som do rio em sua máxima expressão de pureza? Existem espécies já extintas e outras em perigo de extinção, cujo som no futuro talvez só possamos ouvir em gravações.
O panda gigante vive em áreas montanhosas no leste do Tibete e sudoeste da China; é um animal tímido e pacífico. Ele se originou na China e foi descoberto por volta de 1869. Ele é um animal onívoro, come desde caules e ervas até pássaros, peixes e roedores. Mas sua comida favorita é o bambu.
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De acordo com o porta-voz do World Wide Fund for Nation (WWF) na China, citado pelo site O Blog Verde, o panda poderá estar extinto em duas ou três gerações.
Na verdade, os sons de vários animais já desapareceram. Alguns casos mencionados pela Ecoosfera são o pardal de costas escuras, nativo das costas da Flórida, que morreu devido aos pesticidas; o canário ostrero, que vivia nas ilhas Canárias, mas a pesca comercial deixou-os sem comida, as ostras e a cabra dos Pirineus, que em 2000 perdeu o último espécime morto pela queda de uma árvore.
Nunca mais se ouvirão também as batidas das nadadeiras do golfinho do Rio Yangtze, após 20 milhões de anos de existência. De acordo com as crônicas da dinastia Han, na China, os golfinhos rosados se contavam aos milhares, mas em 1986 havia apenas 300 espécimes vivos, e no início dos anos noventa, o número caiu pela metade. Em 2006, o golfinho rosado do rio Yangtze foi declarado oficialmente extinto.
“A causa da extinção desta linda espécie aponta diretamente para os seres humanos. A pesca clandestina depois de sua proibição, a destruição de seu habitat e a poluição causada pela fumaça dos automóveis estão entre as muitas causas”, assinala o site Inextinción de Especies.
O nado de outros animais também poderá deixar de ser ouvido no mar. As vacas marinhas, cuja recente descoberta data de 1958, de acordo com a National Geographic, poderiam tornar-se, efetivamente, o segundo cetáceo (o primeiro foi o baiji ou golfinho chinês) a perder a luta contra a ação humana, e em 2018 já terá provavelmente desaparecido.
O site também assinalou que as vacas marinhas são criaturas muito tímidas. “Você dificilmente consegue vê-las, a não ser quando chegam à superfície presas nas redes, sem vida.” Vale lembrar que este animal é encontrado somente no golfo da Califórnia.
Também em perigo de extinção está o golfinho sem nadadeiras do Rio Yangtse, “uma espécie que apresenta uma expressão nos olhos muito terna”, e tem apenas cerca de 1.800 espécimes vivas, segundo o website Ecoosfera.
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Hoje em dia, existem muitos animais em perigo de extinção, e a velocidade com que se extinguem está aumentando cada vez mais. Atualmente são conhecidas aproximadamente 11.167 espécies ameaçadas, das quais 124 estão englobadas nas categorias de “estado crítico, ou seja, em breve desaparecerão”, informou a Secretaria de Cultura, Lazer e Esportes de Bogotá, na Colômbia.
Após este minuto de silêncio, resta passar da reflexão à ação e optar pela prevenção e pelo cuidado destas espécies ameaçadas, para que ainda haja uma luz no fim do túnel, e para continuem presenteando o planeta com os seus sons da vida.