Um proeminente investigador que enfrentou censura das forças de segurança chinesas por investigar a construção de má qualidade das escolas que desabaram no terremoto de Sichuan de 2008, manifestou seu apoio aos “300 bravos”, um grupo de aldeões que colocou seus nomes reais numa petição pela libertação de um praticante conterrâneo do Falun Gong que foi injustiçado.
Wang Xiaodong, um representante dos socorristas voluntários no terremoto de Sichuan, é um empresário que se tornou ativista. Ele experimentou pessoalmente o assédio das autoridades chinesas por investigar a falha estrutural das escolas em Sichuan, que causou a morte de milhares de crianças no terremoto.
Wang foi forçado a fugir da área em abril de 2009 quando a polícia local tentou localizá-lo. Essa experiência deu-lhe uma educação de primeira mão sobre a natureza do Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL), a entidade que supervisiona a polícia, os tribunais e os sistemas de vigilância pública do regime comunista chinês.
Muitos dos “300 bravos” aldeões de uma vila na província de Hebei que assinaram a petição (escrevendo ou pondo sua impressão digital) já foram perseguidos e intimidados pelas autoridades locais do CAPL que forçaram alguns dos peticionários a assinar novas declarações afirmando que não assinaram a petição de forma voluntária.
Coincidentemente, Wang compartilha a mesma grafia em alfabeto latino do nome do praticante do Falun Gong, Wang Xiaodong, que os peticionários têm pedido pela libertação. A irmã do praticante, que iniciou o esforço de coletar assinaturas para a petição, foi sequestrada e presa pela polícia neste fim de semana passado.
O investigador Wang contou ao Epoch Times sua própria experiência com o CAPL. “Como um socorrista voluntário do terremoto de Sichuan, meu inimigo é o CAPL. No início do meu trabalho voluntário, o CAPL tentou manter minha boca fechada. Mais tarde, eles saquearam minha casa, e tentaram me prender como um traficante de drogas. O CAPL tem usado todos os tipos de truques sujos para me perseguir, assim como eles fazem com os praticantes do Falun Gong”, disse ele.
Wang acredita que o público de Hebei e as agências de segurança nacional foram forçados por seus superiores a perseguirem os aldeões que se levantaram pelo Falun Gong. “Instigando o público e os oficiais de polícia do departamento se segurança nacional até que os aldeões tenham para onde ir, usando táticas sujas para lidar com o povo chinês, todos estes fenômenos são muito comuns na China hoje.”
Wang publicou uma vez um artigo em seu blogue intitulado, “Chamada pelo julgamento público de Zhou Yongkang e a proibição do CAPL”. Seu blogue foi logo bloqueado. Recentemente, Zhou Yongkang foi obrigado a ceder o controle do CAPL, embora ele ainda seja oficialmente seu chefe, segundo fontes bem colocadas em Pequim. Fontes também disseram ao Epoch Times que Zhou está agora sob investigação. Além disso, Wang tem revelado os crimes de Zhou Yongkang, através de várias postagens que ele escreve em fóruns online, mas todas têm sido eliminadas eventualmente.
Wang também explicou ao Epoch Times por que acredita que o CAPL é uma entidade prejudicial para a liberdade e a justiça na China. Entidades governamentais como o CAPL usam o dinheiro do contribuinte para cometer crimes contra os contribuintes, disse ele. Enquanto o CAPL existir, a equidade no sistema judicial da China não pode ser efetivada.
Wang disse ainda que a fim de trazer a verdadeira reforma para a China o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao deve se livrar do CAPL. Wen e o atual líder Hu Jintao são vistos como reformadores que procuram neutralizar a facção que inclui Zhou Yongkang e controla o CAPL. “A facção pró-reforma política do PCC deve continuar o progresso social da China para a democracia e os direitos humanos, defendendo a verdade e o Estado de Direito.”
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.