O coração do norte da Itália está se tornando mais e mais chinês e os sobrenomes tradicionais de Milão, como Rossi e Colombo, foram substituídos pelos da terra do dragão, como Zhou e Hu.
Na Itália, o número de imigrantes chineses está aumentando dramaticamente, além das empresas que eles possuem e administram. Fabricantes de couro, lojas de roupas e sapatos, salões de beleza, cabeleireiros e também restaurantes, cafés e hotéis estão sendo comprados ou iniciados por interesses chineses, apesar da crise econômica.
Vinte e cinco anos atrás em Milão, não havia sobrenomes estrangeiros na lista dos 30 principais sobrenomes, mas o novo retrato da cidade capital da moda é muito diferente hoje. As estatísticas mostram que os estrangeiros, em especial os residentes chineses (cujo primeiro assentamento na cidade remonta à década de 1920) são cada vez mais numerosos.
Pesquisas recentes sobre os 50 sobrenomes mais numerosos estabelecem um novo marco: com 4.345, Rossi ainda ocupa o primeiro lugar, mas é seguido de muito perto por 4.101 pessoas com sobrenome Hu, em segundo lugar.
Chen e Zhou também estão no páreo, mostrando um aumento constante desde o ano passado. Em 2012, havia 1.625 moradores chamados Chen, em 2013, havia 1.883. Zhou teve um aumento semelhante, com o número passando de 1.439 em 2012 para 1.602 em 2013.
Alguns sobrenomes italianos, por outro lado, ter ido na direção oposta. O sobrenome tradicional milanês Colombo passou de 3.685 em 2012 para 3.652 em 2013; Ferrari caiu de 3.568 para 3.532; Bianchi foi de 2.784 para 2.745 e o icônico Brambilla (cujo nome sempre indica que a pessoa é de Milão) diminuiu de 1.536 em 2012 para 1.501 em 2013.
Curiosamente, em agosto, a Secretaria de Estatística de Milão registrou dois casamentos de pessoas nomeadas Zhou, mas nenhuma Brambilla. De acordo com o Assessor de Comércio, Franco D’Alfonso, entre os 13 mil moradores há nove sobrenomes chineses: Hu, Chen, Zhou, Wang, Wu, Lin, Zhang, Liu e Zhao.