Edward Snowden vazou mais informações para o jornal alemão Der Spiegel. Os vazamentos mostram que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos sabe que hackers chineses, possivelmente trabalhando para a divisão cibernética do Exército da Libertação Popular (ELP) da China, roubaram os projetos do caça furtivo americano F-35, também chamado de ‘Lightning II’.
A China exibiu recentemente um protótipo do Shenyang J-31, que tem semelhança notável com o F-22 Raptor e o F-35. Um oficial militar sênior, que não quis ser identificado, disse: “Isso representa bilhões de dólares em vantagem de combate para a China. Eles conseguiram economizar com isso simplesmente 25 anos de pesquisa e desenvolvimento. É loucura.”
O Shenyang J-31 é muito possivelmente idêntico ao F-22 Raptor, talvez até superior em alguns aspectos. A semelhança, pelo menos, é surpreendentemente. Ter um avião de caça furtivo superior diminuiria ainda mais a vantagem militar dos EUA.
A enxurrada de ciberataques, a maioria das quais se originam da China e do Irã, ganhou um codinome próprio. Eles têm sido chamados de “Inferno Bizantino” pelo Departamento de Defesa dos EUA. Os slides divulgados por Edward Snowden mostram que o Departamento de Defesa teve mais de 30 mil incidentes, dos quais mais de 500 foram considerados “intrusões significativas”. O custo de “avaliação de danos e reconstrução de redes” é estimado em mais de US$ 100 milhões.
Um funcionário chinês foi rápido em negar essas alegações: “A chamada prova que tem sido usada para lançar acusações infundadas contra a China é totalmente injustificada”, disse Hong Lei, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, a jornalistas. E acrescentou: “Segundo os materiais apresentados pela pessoa em causa, alguns países têm registros vergonhosos de cibersegurança.”