Durante o julgamento, o réu, um ex-funcionário que trabalha para as autoridades ambientais da China, chorou ao confessar a extensão dos crimes que ele cometeu no uso de seu cargo.
Durante mais de uma década, Zhang Ruhua, um ex-soldado e membro do Partido Comunista do município de Huai’an, na província de Jiangsu, vendeu cargos na Agência Ambiental.
Pseudo-especialistas e relatórios falsificados
Zhang aceitou todo tipo de suborno. Ele promoveu um de seus funcionários, Hu Aiju, a diretor do Departamento de Reciclagem de Resíduos Sólidos Urbanos em Huai’an, em troca de 50.000 yuans (cerca de US$ 8.000) e uma barra de ouro de 100 gramas. Outro subordinado, Liu Haoyue, tornou-se diretor do Departamento de Avaliação Ambiental depois de oferecer a Zhang 75.000 yuan de suborno. Gao Xiang, diretor de um instituto de ciência ambiental, comprou seu cargo por 92.000 yuan.
Os três fabricavam laudos ambientais favoráveis a empresas poluentes que pagavam até 830.000 yuan (US$ 134.000) pelo documento.
Além de Zhang, desde 2014, 30 outros funcionários de Departamento Ambiental do município Huai’an estão sendo investigados por corrupção. Desses, 22 foram punidos e 9 estão sendo acusados de suborno.
Entre eles está Wang Guixin, que pagou a Zhang 100.000 yuan para ter o cargo de chefe do Departamento Municipal de Inspeção Ambiental de Huai’an.
Valendo-se de sua posição, Wang Guixin consegui arranjar um emprego para sua filha para trabalhar num fabricante local de produtos alimentícios apontado como um grande poluidor. A filha de Wang não trabalhou de fato nesse fabricante, mas no entanto, recebeu 200.000 yuan durante dois anos em troca de o pai dela fechar os olhos e não multar a fábrica como grande poluente do ambiente.