O governo sírio ameaçou Israel na quinta-feira com um possível ataque de retaliação após um ataque aéreo israelense no dia anterior.
Houve relatos conflitantes sobre o alvo exato do ataque aéreo israelense, com a Reuters e a Associated Press informando que o alvo eram caminhões transportando mísseis da Síria para o Hezbollah no Líbano. No entanto, a mídia estatal síria informou que o ataque aéreo atingiu um alvo fora de Damasco, a capital da Síria.
“As alegações de algumas mídias de que aviões israelenses atacaram um comboio indo da Síria para o Líbano são sem fundamento”, disse a mídia estatal síria SANA, citando um comunicado emitido pelo Comando Geral do Exército.
Um diplomata ocidental anônimo disse à Reuters, “O alvo foi um caminhão carregado de armas, que ia da Síria para o Líbano.”
O relatório acrescentou, “Está claro para todos que Israel é o motivador, beneficiário e às vezes executor de atos terroristas que têm como alvo a Síria e seus resistentes, com alguns países que apoiam o terrorismo sendo cúmplices nisto, principalmente a Turquia e o Catar.”
Ali Abdul-Karim Ali, o embaixador da Síria no Líbano, ameaçou Israel na quinta-feira dizendo que a Síria “tem a opção e a capacidade de surpreender em retaliação”, informou a AP, citando um artigo no website Al-Ahd do Hezbollah. O Hezbollah, um aliado da Síria, chamou o ataque de uma “agressão bárbara” de Israel.
Israel não confirmou a realização do ataque, mas um parlamentar próximo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deu a entender que pode haver ataques aéreos no futuro, segundo a AP.
Autoridades de segurança disseram que a remessa para o Líbano incluía mísseis antiaéreos SA-17 de fabricação russa, uma arma sofisticada que poderia reforçar a ofensiva do Hezbollah contra Israel no futuro.
Mas um general sírio que desertou, o major-general Abdul-Aziz Jassem al-Shallal, disse à agência de notícias AP por telefone da Turquia que Israel atingiu um local conhecido como um centro de pesquisa “grande e bem conhecido”, utilizado para desenvolver armas. Ele disse que os russos e iranianos estão no centro do local.
O Irã, o principal aliado do combatido presidente sírio Bashar al-Assad, disse que haveria consequências para Israel após o ataque.
Hossein Amir-Abdollahian, o vice-ministro iraniano das relações exteriores para assuntos árabes e africanos, disse à mídia semioficial Mehr que Israel “não deve ter confiança excessiva por causa dos sistemas Patriot de defesa aérea instalados na região, uma vez que tais sistemas se mostraram ineficazes na guerra de oito dias em Gaza recentemente.”
A Síria também apresentou uma queixa à Organização das Nações Unidas sobre o ataque israelense.
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