Apenas alguns dias após a União Europeia suspender as sanções e autorizar os Estados a enviarem armas aos rebeldes sírios, o regime sírio anunciou ter recebido armas da Rússia.
A Rússia diz que as armas apoiam o direito da Síria de se defender e concluem um acordo firmado há muito tempo. Alguns temem o novo fluxo de armas para ambos os lados do conflito civil possa iniciar uma corrida armamentista no Oriente Médio.
Na manhã de quinta-feira, o presidente sírio Bashar al-Assad anunciou a chegada de avançados mísseis S-300 de defesa aérea da Rússia, por meio da emissora Al-Manar de propriedade do Hezbollah. Os comentários do presidente foram divulgados na imprensa por meio do serviço de notícias da emissora e irá ao ar na televisão mais tarde na quinta-feira.
Como a Rússia discute a colaboração com uma coalizão ocidental para promover a estabilidade na Síria, o vice-chanceler Sergei Ryabkov da Rússia anunciou na terça-feira que a Rússia fazia bem em concretizar um acordo de armas de bilhões de dólares com a Síria.
“Pensamos que essa entrega é um fator de estabilização e que esses passos de muitas maneiras restringem alguns exaltados que poderiam explorar cenários em que este conflito assuma caráter internacional com a participação de forças estrangeiras”, disse Ryabkov, segundo o Tribune Mundial.
Al-Manar citou o ministro das relações exteriores russo Sergei Lavrov em 11 de maio, “A Rússia não está planejando vender, a Rússia já vendeu e assinou contratos há muito tempo e está concluindo o fornecimento de equipamento, que inclui sistemas antiaéreos conforme contratado.”
Os mísseis S-300 têm alcance de cerca de 200 km, uma preocupação para Israel.
O ministro da defesa israelense Moshe Yaalon disse em 28 de maio, “Se por algum infortúnio eles [os mísseis S-300] chegarem à Síria, saberemos o que fazer”, segundo o World Tribune.
Outro obstáculo às negociações de paz na Síria foi o anúncio da oposição síria apoiada pelo Ocidente que afirmou na quinta-feira que não participaria nas negociações de paz planejadas com o regime em Genebra, Suíça, para junho.
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