O Ministério das Relações Exteriores da Síria disse na segunda-feira que armas químicas ou biológicas poderiam ser usadas se a Síria for atacada; esta foi primeira vez que a Síria anunciou publicamente que possui tais armas.
O regime não usaria armas químicas contra seu próprio povo “ou no interior do país”, disse a mídia estatal SANA, citando o porta-voz do ministério Jihad Makdissi.
“Se existem tais armas, elas são para defender a Síria contra a agressão externa. Qualquer militar sabe que essas armas não podem ser usadas numa guerra de guerrilha”, disse Makdissi.
Os estoques de armas químicas e biológicas são seguros e vigiados pelo exército, acrescentou ele.
No passado, as autoridades sírias negaram que possuíssem tais armas e o país nunca assinou o acordo internacional proibindo-as em 1992.
A pressão doméstica e internacional sobre o regime do presidente Bashar Assad intensificou nos últimos dias, com um ataque a bomba rebelde que matou vários membros de seu círculo íntimo, incluindo seu cunhado. As forças rebeldes também lançaram ataques em várias cidades e na capital de Damasco.
“É claro que o exército sírio está defendendo os sírios e que estamos em estado de autodefesa”, disse Makdissi conforme citado pela SANA.
Na segunda-feira, a Liga Árabe pediu que Assad deixasse o poder, informou a Al-Jazeera.
“Se os países árabes que se reuniram em Doha foram honestos sobre o desejo de parar o derramamento de sangue eles teriam parado o fornecimento de armas. […] Eles teriam parado sua instigação e propaganda”, disse Makdissi a repórteres, segundo a Al-Jazeera.