Alguns bispos que participam no Sínodo sobre a Família defendem que não se deve dar a impressão de que a Igreja católica “vê de modo positivo a orientação homossexual”, informou hoje o gabinete de imprensa do Vaticano.
Bispos de posições mais conservadores quiseram fazer-se ouvir na sequência da divulgação, na segunda-feira (13), do Relatio post disceptationem, o resumo das intervenções dos participantes no Sínodo durante a semana passada.
O Vaticano informou na segunda-feira que o documento que o Sínodo prepara para apresentar ao papa Francisco sustenta que os homossexuais “devem ser respeitados”.
“As pessoas homossexuais devem ser respeitadas, como é respeitada a dignidade de cada indivíduo, independentemente da sua orientação sexual”, disse o cardeal húngaro Peter Erdo à imprensa.
O gabinete de imprensa do Vaticano divulgou hoje (14) o resumo de intervenções feitas após a divulgação do “Relatio post disceptationem” indicando que nem todos estão de acordo com a abertura que ele expressa.
Assinalou-se a necessidade de “justa prudência para que não se crie a impressão de que há uma avaliação positiva de tal orientação [homossexual] por parte da Igreja”, diz o gabinete de imprensa do Vaticano.
Através do Twitter, o Papa Francisco disse que “A família é um elemento essencial para todo e qualquer progresso humano e social sustentável”, indicando sua posição sobre o assunto.