A indústria têxtil brasileira é uma das mais afetadas pela concorrência internacional, em especial da China. Entre as medidas de competitividade anunciadas nesta terça (03/04) no Planalto Central, em Brasília, a desoneração de folha de pagamento é o que beneficiará o setor.
Essas medidas de aumento de competititividade fazem parte do Plano Brasil Maior, que abrange 11 novos setores da indústria nacional. Entre eles está o setor têxtil.
Um dos maiores empregadores do Brasil, o setor têxtil e de confeccção é responsável por 1,7 milhões de empregos diretos, segundo a ABIT (Associação Brasileira de Indústria Têxtil).
Alberto Emílio Bonduki, presidente da Sinditêxtil SP, explica que o setor têxtil não compete com as empresas chinesas, mas sim, com o Estado chinês, “A China oferece mais de 26 programas de subsídios somente para exportadores têxteis”, afirmou ele, em entrevista à TVNBR do governo federal.
“O Brasil tem um dos poucos mercados de varejo que mais cresce no mundo e as empresas chinesas estão se aproveitando disso”, acrescentou.
Entretanto, Bonduki argumenta que são necessárias medidas macroeconômicas, além das medidas de desoneração da folha. Ele afirma que é preciso uma defesa comercial mais forte, para evitar o “tsunami” de importação. No ano passado o aumento das importações foi de 45% e este ano já chegou a 62%.