Setor Têxtil se beneficia de medidas de competitividade anunciadas pelo governo

04/04/2012 02:30 Atualizado: 04/04/2012 02:30

Alfredo Emílio Bonduki, presidente da Sinditêxtil-SP, explica como o setor têxtil enfrente concorrência da China. (Ticiane Rossi/The Epoch Times)A indústria têxtil brasileira é uma das mais afetadas pela concorrência internacional, em especial da China. Entre as medidas de competitividade anunciadas nesta terça (03/04) no Planalto Central, em Brasília, a desoneração de folha de pagamento é o que beneficiará o setor.

Essas medidas de aumento de competititividade fazem parte do Plano Brasil Maior, que abrange 11 novos setores da indústria nacional. Entre eles está o setor têxtil.

Um dos maiores empregadores do Brasil, o setor têxtil e de confeccção é responsável por 1,7 milhões de empregos diretos, segundo a ABIT (Associação Brasileira de Indústria Têxtil).

Alberto Emílio Bonduki, presidente da Sinditêxtil SP, explica que o setor têxtil não compete com as empresas chinesas, mas sim, com o Estado chinês, “A China oferece mais de 26 programas de subsídios somente para exportadores têxteis”, afirmou ele, em entrevista à TVNBR do governo federal.

“O Brasil tem um dos poucos mercados de varejo que mais cresce no mundo e as empresas chinesas estão se aproveitando disso”, acrescentou.

Entretanto, Bonduki argumenta que são necessárias medidas macroeconômicas, além das medidas de desoneração da folha. Ele afirma que é preciso uma defesa comercial mais forte, para evitar o “tsunami” de importação. No ano passado o aumento das importações foi de 45% e este ano já chegou a 62%.