Os serviços secretos do Reino Unido já tem praticamente confirmada a identidade do jihadista de sotaque britânico suspeito da execução do jornalista norte-americano James Foley.
O MI5 (serviços secretos internos britânicos) e o MI6 (serviços secretos externos britânicos) informaram que o jihadista de origem britânica é conhecido por outros extremistas como “Jihadi John”.
Apesar das fontes oficiais não fornecerem detalhes sobre o acusado, o The Sunday Times diz que um dos principais suspeitos é Abdel-Majed Abdel Bary, um “rapper” de 23 anos que abandonou a casa da família no bairro londrino de Maida Vale, na zona oeste da capital britânica, no ano passado.
Abdel-Majed Abdel Bary postou recentemente na rede social Twitter uma fotografia dele segurando uma cabeça decepada.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânicos, Philip Hammond, afirmou que o suposto jihadista de origem britânica envolvido na execução de Foley representa uma “absoluta traição” dos valores do país.
Hammond disse que o Governo britânico investe “recursos significativos” para erradicar, segundo a sua descrição, uma “barbárie ideológica” que pode representar uma ameaça para o Reino Unido.
Ao longo dos últimos anos vários jovens britânicos tem sido recrutados por extremistas islâmicos.
O chefe da diplomacia britânica afirmou, como outros membros do executivo de Londres, que a “ameaça” procedente da Síria e do Iraque poderá durar uma geração.
“É horrível pensar que o autor deste ato atroz poderá ter sido educado no Reino Unido”, disse Philip Hammond, que acrescentou que este comportamento “é uma completa traição” ao país e dos “valores e de tudo o que os cidadãos britânicos defendem”.
Jihadistas do Estado Islâmico, um grupo sunita ultrarradical que controla partes do Iraque e da Síria, divulgaram na quarta-feira (20) um vídeo da execução de James Foley.
No vídeo intitulado “Mensagem para a América”, o Estado Islâmico ameaça matar um outro refém norte-americano, Steven Sotloff, em represália pelos ataques aéreos dos Estados Unidos a posições dos seus combatentes no norte do Iraque.
James Foley, de 40 anos, era um repórter experiente que tinha feito a cobertura do conflito na Líbia antes de ir para a Síria, onde acompanhou a revolta contra o regime de Bashar al-Assad para o portal norte-americano GlobalPost, agência France Press e outros órgãos de comunicação.
Ainda sobre a identidade do suspeito, jornais da Inglaterra disseram que Barry é filho de um militante de origem egípcia que é acusado pela justiça norte-americana da autoria de ataques terroristas contra as embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia em 1998.
O pai de Abdel-Majed Abdel Bary está aguardando julgamento em Nova Iorque.