Lavabit, o serviço de e-mail que seria usado pelo ex-contratado da inteligência norte-americana Edward Snowden enquanto ele estava na Rússia, foi desativado.
Ladar Levison, o proprietário e operador do serviço, escreveu em seu site que ele o desligou para não se tornar “cúmplices de crimes contra o povo norte-americano”. “Fui forçado a tomar uma decisão difícil: tornar-me cúmplice de crimes contra o povo norte-americano ou abrir mão de quase dez anos de trabalho duro ao fechar o Lavabit. Após um exame de consciência significativo, decidi suspender as operações”, escreveu ele.
Ele acrescentou: “Eu gostaria de poder legalmente compartilhar com vocês os acontecimentos que levaram a minha decisão. Eu não posso. Sinto que vocês merecem saber o que está ocorrendo – a primeira emenda deveria garantir-me a liberdade de falar em situações como esta.”
“Infelizmente, o Congresso aprovou leis que dizem o contrário. Na situação atual, não posso compartilhar minhas experiências ao longo das últimas seis semanas, apesar de eu ter feito duas vezes as solicitações apropriadas”, continuou ele.
Parece que Levinson está insinuando que o governo dos EUA tentou acessar informações do Lavabit, segundo o The Verge. “O que ocorrerá agora? Nós já começamos a preparar a papelada necessária para continuar a luta pela Constituição na 4ª Instância do Tribunal de Apelações. Uma decisão favorável me permitiria ressuscitar o Lavabit como uma empresa norte-americana”, escreveu Levinson.
De acordo com a Business Insider, o Lavabit foi criado em 2004 para permitir que os usuários enviem e-mails supercriptografados em meio a preocupações sobre a privacidade do Gmail, o serviço de e-mail do Google. “Na época, os fundadores do Lavabit julgaram que o Gmail era um grande serviço, mas que o Google estava violando ativamente a privacidade de seus usuários ao exibir anúncios relacionados às palavras-chave em seu e-mail”, dizia um comunicado no site do Lavabit, antes de ser retirado do ar.
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