Na primeira semana de outubro, Dilma ficou em primeiro lugar nas pesquisas com 46-49%, enquanto seu adversário registrou 40-43%
O Brasil enfrenta no dia 31 de outubro o 2º turno da eleição presidencial, em que competem Rousseff, que tem o apoio do atual presidente brasileiro Lula da Silva, contra o opositor socialdemocrata José Serra. Ambos estão lutando pelos votos do Partido Verde, liderado pela ex-candidata presidencial Marina Silva, que obteve 20% no 1º turno.
Enquanto Silva anunciava no domingo que o partido continuará a ser independente, e dará liberdade a seus membros para votarem, ontem, dois dos fundadores, Fabio Feldman de São Paulo e Fernando Gabeira do Rio de Janeiro, junto com parlamentares, prefeitos e políticos anunciaram seu apoio a José Serra, informou Ansa Latina.
O candidato agradeceu imediatamente e disse que “o apoio de hoje não tem uma conotação somente eleitoral, senão pragmática, tenho convicção que a economia pode ser de forma sustentável”, relatou a EFE.
José Serra foi acompanhado durante um ato de sua campanha para o 2º turno pelo ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.
As pesquisas realizadas em 3 de outubro mostram que Rousseff , com 46-49%, mantem a dianteira contra Serra, com 40-43%, e só seria necessário cerca de 6% dos votos conquistados por Marina Silva nas primeiras eleições.
Em seu apoio, Lula disse, “Chegou a hora de escolher o Brasil que estava errado ou o Brasil que acertou e que Dilma Rousseff dará continuidade”, informou a ABC, acrescentando, “O país que foi deixado para trás é o do desemprego”, referindo-se ao mandato de Fernando Henrique Cardoso.
“O Brasil hoje distribui renda, cria milhões de empregos e a maioria da população é de classe média”, disse Lula na TV nacional.
Segundo uma pesquisa do Instituto Sensus publicada quarta-feira, o candidato José Serra teve o melhor desempenho no debate entre candidatos presidenciais promovido pela Rede TV! no último domingo. Entre os espectadores consultados, 53,5% disseram que Serra ganhou, enquanto 46,5% consideram que Dilma se saiu melhor.
Um dos temas que dominaram o debate foi a “privatização”. Roussef afirmou que Serra privatizará as empresas públicas, Serra destacou os benefícios da privatização do setor de telefonia, que permitirá a rápida propagação dos telefones celulares. Ele também citou entre seus aliados do ex-presidente Itamar Franco e Fernando Henrique, responsáveis pela criação do Plano Real, que terminou com a instabilidade econômica que afetou o país durante três décadas.