Há cerca de um mês, Dilma e Jô Soares se encontraram. Por duas horas falaram das suas lembranças dos anos de chumbo. Ambos enfrentavam a ditadura – Dilma assaltando, sequestrando; Jô no seu programa, na TV Globo, “Faça Amor , não faça guerra”. Dilma disse que se divertia muito com as piadas do Jô. Não sei se o Jô se divertia muito também com o assassinato de um menino no Aeroporto Guararapes, motivado por bombas terroristas.
Sabemos que Dilma abriu espaço na sua agenda oficial para receber o humorista, enquanto o senador Eduardo Suplicy não conseguiu ser recebido por ela nenhuma vez em quatro anos do primeiro mandato dela. Dilma prometeu participar do programa do Jô para uma entrevista. É hoje, bem possível que ocorra, novamente, outro panelaço.
Está chegando, enfim, o esperado dia. Chegamos, enfim a isto. Recessão e inflação ao mesmo tempo, desemprego em alta, desindustrialização, elevação da dívida pública, degradação da saúde, da educação, da segurança e a chefe do governo junto com o apresentador lembrando como eram difíceis os anos 1970.