Sem deter o aquecimento global metade das plantas e animais morrerá até 2080, diz estudo

13/05/2013 18:36 Atualizado: 06/08/2013 15:56
África Subsaariana, América Central, Amazônia e Austrália perderiam a maioria das espécies de plantas e animais
Espécies silvestres de plantas podem ser afetadas pela mudança climática, o que reduziria a população de insetos e animais que delas se alimentam (Anastasia Gubin/The Epoch Times)

Uma pesquisa publicada na revista ‘Nature Climate Change’ observou 50 mil espécies globalmente para um estudo sobre os efeitos da mudança climática.

Mais da metade das plantas e uma terça parte dos animais perderão mais da metade de sua população devido à mudança climática até o ano de 2080, se não forem tomadas medidas para reduzir o aquecimento global e diminuir a velocidade deste processo, informou no domingo a Universidade de East Anglia (UEA).

As plantas e animais se reduzirão em todo o mundo e a biodiversidade se reduzirá em quase todas as partes, diz o estudo liderado pela Dra. Rachel Warren do Centro de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas da UEA, que analisou mais de 50 mil espécies globalmente.

“A boa notícia é que nossa pesquisa fornece medidas para reduzir as emissões de gases CO2 e outros”, diz o estudo, que visa reduzir a temperatura em 2 graus Celsius em vez de aumentar quatro graus.

A Dra. Warren acha que uma ação rápida e rigorosa reduziria as emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo, o que impediria a perda de biodiversidade em 60% se as metas de redução das emissões globais forem alcançadas até 2016 ou 40% se isso acontecer até 2030.

“As plantas, répteis e anfíbios estão em maior risco. A África Subsaariana, América Central, Amazônia e Austrália perderiam a maioria das espécies de plantas e animais”, diz o estudo. Também se estima grande perda de espécies vegetais no Norte de África, Ásia Central e Leste Europeu.

“No entanto, agindo rapidamente para mitigar a mudança climática pode-se reduzir as perdas em 60% e conseguir mais 40 anos para que as espécies se adaptem”, dizem os cientistas.

Sem deter este processo, as temperaturas globais podem subir 4ºC até 2100, diz que a equipe da Dra. Warren.

Junto com seus colegas, incluindo o Dr. Jeremy Vanderwal da Universidade James Cook da Austrália e o Dr. Jeff Price da Escola de Ciências Ambientais e do Centro Tyndall da UEA, a equipe apresentou o relatório financiado pelo Conselho de Pesquisa sobre o Meio Ambiente e a Natureza (NERC).

Uma das preocupações da Dra. Warren é que “embora tenha havido muitas pesquisas sobre o efeito das mudanças climáticas em espécies raras e ameaçadas de extinção, pouco se sabe sobre como o aumento das temperaturas globais afetarão as espécies mais comuns”. Nesse aspecto, ela acredita que mesmo pequenas reduções dessas espécies podem causar grandes perturbações no ecossistema.

“Nossa pesquisa prevê que a mudança climática reduzirá muito a diversidade das espécies, mesmo aquelas que são muito comuns em várias partes do mundo. Esta perda de biodiversidade global empobreceria muito a biosfera e os serviços ecossistêmicos que proporcionam”, acrescentou ela.

Estudando os efeitos, a Dra. Warren explicou que também devemos considerar fenômenos extremos, como pragas e doenças. Ao diminuir as plantas, reduzem-se os animais, mas o mais preocupante é que os cientistas acreditam que isso “provocará um efeito em cadeia para os seres humanos, pois estas espécies são importantes para o ciclo da água, purificação do ar, controle de enchentes, ciclo de nutrientes e ecoturismo”.

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