Sem acordo, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), formado por 15 integrantes, encerrou a reunião de urgência convocada ontem (21) à noite para discutir medidas relativas ao agravamento da crise na Síria. O órgão não conseguiu consenso para encaminhar um pedido formal de investigação sobre a denúncia de um ataque químico, nos arredores de Damasco, que matou cerca de 1.300 pessoas, inclusive crianças e adolescentes.
“Posso dizer que há grande preocupação entre os membros em relação a essas alegações e um sentimento generalizado de que é preciso esclarecer o que ocorreu”, disse a representante argentina e atual presidente em funções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, María Cristina Perceval, depois de quase três horas de reunião.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia pedido uma investigação imparcial sobre os acontecimentos na Síria. Mas os membros do conselho não conseguiram chegar a um consenso sobre uma resolução ou declaração formal para oficializar o apelo.
A embaixadora da Argentina disse que “todos” concordaram que se for confirmado o uso de armas químicas, por qualquer das partes e em qualquer circunstância, fica caracterizada violação do direito internacional. O embaixador adjunto britânico Philip Parham disse que pelo menos 35 países enviaram carta ontem (21) a Ban Ki-moon, exigindo investigações detalhadas.
Os investigadores da ONU estão na Síria há alguns dias para verificar a utilização de armas químicas. O chefe da equipe de inspetores Ake Sellstrom conversou com as autoridades, pedindo informações relativas ao ataque com armas químicas. O trabalho da equipe é confidencial até a divulgação do relatório sobre o caso.
Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Brasil
Com informações da Agência Lusa