Segundo estudo, ‘cibervagabundagem’ é um enorme problema de produtividade nas empresas

22/02/2013 15:01 Atualizado: 22/02/2013 20:08
Funcionários no trabalho (Kenzo Tribouillard/AFP/Getty Images)

Segundo um novo estudo, funcionários norte-americanos gastam até 80% do seu tempo de trabalho com ‘cibervagabundagem’ ou fazendo coisas que não têm nada a ver com o trabalho.

O trabalhador médio gasta entre 60 e 80% do seu tempo de trabalho navegando na internet fazendo coisas como checar Facebook, administrar finanças pessoais ou simplesmente perder tempo, segundo um novo estudo, que foi encomendado pela Universidade do Estado do Kansas e pela Universidade do Sul de Illinois e foi publicado no website Newswise.

Os autores do estudo acreditam que a “cibervagabundagem resulta em perda de produtividade e poderia criar problemas legais para as empresas quando funcionários realizam atividades ilegais ou comportamento inaceitável como ver pornografia em computadores do trabalho”, segundo o Newswise. Foi observado que com o advento da internet as empresas sentem algum benefício, incluindo melhor comunicação, mas têm dificuldade em lidar com a cibervagabundagem.

“As empresas gastam tempo, dinheiro e esforço tentando monitorar o uso dos computadores, detectar o que os funcionários estão fazendo online e traçar políticas para seus empregados sobre comportamento aceitável na internet”, disse o estudo.

Os pesquisadores entrevistaram tanto trabalhadores de escritórios como estudantes universitários e concluíram que “tanto trabalhadores jovens como mais velhos encontram maneiras de perder tempo na internet”.

“Pessoas mais velhas costumam fazer coisas como gerir suas finanças, enquanto jovens acham muito mais aceitável passar o tempo em websites de redes sociais como o Facebook”, afirmou Joseph Ugrin, professor-assistente de contabilidade da Universidade do Estado do Kansas.

Ugrin disse que quando a empresa ameaça seus trabalhadores com demissão por atividades consideradas perda de tempo, isso tem se provado eficaz, mas pode não ser suficiente para deter o problema. É preciso haver maior fiscalização para lidar com o uso de websites de mídia social e e-mails pessoais, acrescentou o professor.

“Descobrimos que para jovens era difícil fazê-los entender que a rede social era comportamento inaceitável”, acrescentou Ugrin. “Apenas ter regulamentos não mudou suas atitudes ou comportamentos de forma alguma. Mesmo quando eles sabiam que eram monitorados, eles ainda assim não se importavam.”

A única estratégia eficaz, segundo ele, seria fazer os locais de trabalho informarem os trabalhadores o que acontece com aqueles que não cumprem com os regulamentos sobre cibervagabundagem. O lado ruim disso é que os funcionários sentem que a tática é muito pesada.

“As pessoas sentirão como se o Big Brother os estivesse vigiando”, então, os empregadores devem proceder com cuidado ao usarem esta tática, aconselhou Ugrin.

“Não queremos deixar todos chateados no trabalho porque a direção da empresa está observando sobre os ombros de seus empregados, mas e se os trabalhadores estão desperdiçando todo seu tempo online? Onde está o equilíbrio?”, questionou ele.

Em novembro passado, a companhia BOLT de responsabilidade empresarial, disse que os funcionários norte-americanos perdem tempo suficiente em “tarefas não relacionadas ao trabalho” quando estão no serviço a ponto de custar aos empregadores um total 134 bilhões de dólares por ano em perda de produtividade, segundo o International Business Times.

Por exemplo, segundo a companhia, os funcionários custam aos empregadores 1,1 bilhão de dólares em tempo de serviço sustentando suas fantasias com equipes de futebol americano.

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