Secretário-geral da ONU alerta sobre oceanos no Dia da Biodiversidade

23/05/2012 18:40 Atualizado: 23/05/2012 18:40

Ilhabela, litoral norte do estado de São Paulo. (Cortesia de Jean Sébastién Salaud)Nesta terça-feira (22), Dia Internacional da Biodiversidade, os oceanos são tema destacado pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, em sua nota ao Centro de Informações das Nações Unidas (Unic em inglês) do Rio de Janeiro.

Ki-moon fala sobre a importância dos oceanos, que representam três quartos da superfície da Terra. São habitat do maior animal do planeta, a baleia azul e bilhões e bilhões de microorganismos. Representam fonte de 15 % da proteína animal, proveniente das atividades de pesca no mundo. E destaca que os oceanos, por meio dos organismos marinhos, fitoplânctons, produzem 50 % de todo oxigênio do planeta.

Embora os oceanos tenham grande importância, a biodiversidade marinha “não tem sido bem cuidada pelos humanos”, alerta Ki-moon. “A superexploração comercial das reservas de peixe do mundo é grave. Muitas espécies têm sido pescadas até restarem pequenas frações das populações originais. Mais de metade do pescado do mundo está esgotado, e um terço mais já está caminhando para o fim. Estima-se que entre 30 e 35% dos principais ecossistemas marinhos, tais como algas marinhas, mangues e recifes de coral, já tenham sido destruídos.” afirma.

E secretário-geral da ONU denuncia também os resíduos de plástico, poluição terrestre e o uso dos combustíveis fósseis como vilões da vida marinha e dos oceanos.

“Ainda há esperança”, afirma Ki-moon. Ele cita que, em estudo científico de 2011, cerca de 10 a 50% das populações e ecossistemas mostraram recuperação quando danos causados pelo homem foram reduzidos ou eliminados.

Como oportunidade para retomar o progresso realizado até agora, Ki-moon destaca a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.

“A Rio+20 deve mobilizar ações para melhorar a gestão e a conservação dos oceanos mediante iniciativas das Nações Unidas, governos, e outros parceiros para controlar a sobrepesca, expandir as zonas marinhas protegidas e reduzir a poluição dos oceanos e o impacto da mudança climática”, afirma Ki-moon.