Boato se espalhou pelas redes sociais após repressão policial
RIO DE JANEIRO – A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) negou na manhã desta quarta-feira (2) a informação que circula nas redes sociais de que uma professora teria infartado e vindo a falecer em decorrência da inalação de gás lacrimogênio lançado pela Tropa de Choque na manifestação de ontem no centro do Rio. De acordo com a assessoria da SMS, nenhum óbito durante os protestos do dia 1º de outubro foi registrado no Hospital Souza Aguiar e em nenhuma outra unidade da rede municipal de saúde.
A Polícia Militar também negou nesta manhã a ocorrência de morte durante a operação de ontem, que deixou pelo menos 11 feridos, de acordo com a SMS. Todos foram atendidos no Hospital Municipal Souza Aguiar e já receberam alta. A secretaria não soube informar a razão dos ferimentos.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) divulgou nota hoje de manhã informando que também “não conseguiu confirmar (a informação) junto a hospitais e ao Instituto Médico Legal (IML)”. A diretora do Sepe Vera Nepomuceno afirmou que contatou professores e diretores de possíveis escolas relacionadas ao boato mas nada encontrou. O rumor que circulava citava o nome de Elizabeth Giovanna Fonseca, de 67 anos, que lecionaria artes na escola municipal Clementino Fraga, em Bangu.
O gás lacrimogêneo lançado pelo Batalhão de Choque no protesto de ontem pelos profissionais da educação, no Centro, tomou conta da Praça da Cinelândia e arredores e, juntamente com o barulho das bombas, invadiu e dominou o plenário da Câmara Municipal, onde ocorria a votação de um plano de carreira para os professores avesso às reivindicações da categoria.