Secretaria de Saúde desmente morte de professora em protesto no Rio

02/10/2013 11:37 Atualizado: 13/11/2014 21:50
Boato se espalhou pelas redes sociais após repressão policial
Protesto dos professores
Protesto dos professores no lado de fora da Câmara Municipal do Rio em 1º de outubro de 2013 (Bruno Menezes/Epoch Times)

RIO DE JANEIRO – A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) negou na manhã desta quarta-feira (2) a informação que circula nas redes sociais de que uma professora teria infartado e vindo a falecer em decorrência da inalação de gás lacrimogênio lançado pela Tropa de Choque na manifestação de ontem no centro do Rio. De acordo com a assessoria da SMS, nenhum óbito durante os protestos do dia 1º de outubro foi registrado no Hospital Souza Aguiar e em nenhuma outra unidade da rede municipal de saúde.

A Polícia Militar também negou nesta manhã a ocorrência de morte durante a operação de ontem, que deixou pelo menos 11 feridos, de acordo com a SMS. Todos foram atendidos no Hospital Municipal Souza Aguiar e já receberam alta. A secretaria não soube informar a razão dos ferimentos.

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) divulgou nota hoje de manhã informando que também “não conseguiu confirmar (a informação) junto a hospitais e ao Instituto Médico Legal (IML)”. A diretora do Sepe Vera Nepomuceno afirmou que contatou professores e diretores de possíveis escolas relacionadas ao boato mas nada encontrou. O rumor que circulava citava o nome de Elizabeth Giovanna Fonseca, de 67 anos, que lecionaria artes na escola municipal Clementino Fraga, em Bangu.

O gás lacrimogêneo lançado pelo Batalhão de Choque no protesto de ontem pelos profissionais da educação, no Centro, tomou conta da Praça da Cinelândia e arredores e, juntamente com o barulho das bombas, invadiu e dominou o plenário da Câmara Municipal, onde ocorria a votação de um plano de carreira para os professores avesso às reivindicações da categoria.