O piloto de fórmula 1 Michael Schumacher (45), que sofreu grave traumatismo na cabeça após um acidente de esqui no final de 2013, despertou do coma nesta segunda-feira (16). Ele deixou o tratamento intensivo do Hospital de Grenoble, na França, e foi transferido para o centro hospitalar universitário de Vaud, em Lausanne, na Suíça, onde prosseguirá com a reabilitação, disseram os hospitais envolvidos, segundo a Reuters.
“Temos esperança de que ele irá melhorar, mas não sei. Não tenho como fazer predições. Ele está em ótimo lugar, com uma equipe muito boa, e esperamos que se restabeleça totalmente”, desabafou um funcionário do hospital em entrevista à Reuters. “Creio que ele precisa ficar sozinho com a família, curar-se e recuperar energia”, disse outra funcionária. “Michael saiu de (hospital) Grenoble para prosseguir com sua longa fase de reabilitação. Ele felizmente já saiu do coma”, disse a porta-voz de sua família, Sabine Kehm, em um comunicado. “Pedimos compreensão porque a reabilitação dele deverá acontecer longe das atenções do público”, disse Kehm sobre Schumacher. Ela preferiu não dizer para onde exatamente o ex-piloto havia sido transferido.
A troca de hospital deveu-se à proximidade com os familiares que moram em Gland, pequena cidade entre Genebra e Lausanne. O centro hospitalar universitário de Lausanne, para onde Schumacher foi levado, é um grande e moderno complexo situado nos arredores do lago Genebra.
O alemão, sete vezes campeão do Mundo de Fórmula 1 e com recorde de 91 vitórias em grandes prêmios, sofreu um acidente em 29 de dezembro de 2013, quando esquiava na estância turística de Meribel, nos Alpes franceses, e teve sérias lesões na cabeça, entrando em estado de coma. O especialista em neurociência reconstrutora no Imperial College London, professor Simone Di Giovanni, declarou à Reuters que ainda é muito difícil antever a recuperação de pessoas que saem de um coma.
“Isso pode variar, desde simplesmente abrir os olhos e responder a questões verbais, até abrir os olhos e mexer as mãos em resposta a estímulos dolorosos, ou até mesmo a interagir de forma completa com o ambiente usando a linguagem e talvez tendo uma conversa simples”, disse ele. “Neste caso, ninguém – exceto os médicos que tratam de Michael Schumacher – sabe precisamente qual é o estado do paciente.”
Ele completou, porém, dizendo que a reabilitação quase certamente poderá melhorar a situação médica de Schumacher – qualquer que seja ela – durante as próximas semanas e meses.