Santos é indulgente com a narcoguerrilha das FARC na Colômbia

15/03/2014 17:42 Atualizado: 15/03/2014 17:45

Chegou a Periodismo sin Fronteras um áudio onde se ouve claramente Iván Márquez dar a ordem de pôr a bomba e detoná-la utilizando um telefone. A conversação é de 14 de janeiro e mostra perfeitamente que não existe vontade de paz desses delinqüentes e nos alerta sobre o terrível perigo que significa votar na fórmula Santos-Vargas Lleras, para continuar com o infame propósito de converter terroristas em pais da pátria.

As pessoas já não sabem quem são mais mentirosos na mesa de diálogos de Havana: se os delegados do governo colombiano ou os terroristas das FARC. Enquanto o governo e seus delegados mintam ao país sobre o que lhes estão cedendo aos bandidos das FARC, a custa da vida dos colombianos, os narco-terroristas das FARC assassinam colombianos inermes e têm a senvergonhice de negá-lo, mostrando assim seu desprezo pela morte dos que dizem defender.

Aqui é necessário dizer a verdade. O governo, seus delegados em Havana e os bandidos das FARC estão negociando a segurança de milhões de colombianos em um truque macabro onde os negociadores de Santos ganham centenas de milhões, contratos e prebendas transbordantes de marmelada, e os assassinos das FARC ganham lavar suas fortunas provenientes de narco-tráfico, seqüestros e mineração ilegal.

Porque é nisto do que se trata finalmente: de dinheiro. Nada mais. Os cabeças do secretariado das FARC e suas concubinas se retiram do monte, põem seus filhos para estudar nas melhores universidades da Europa, entram na vida legal pela porta larga de sua inclusão nos poderes do Estado que se lhes entregarão, e ficam multi-milionários. Obviamente, algo disso corresponderá aos que avalizaram esse despropósito. Porém, as FARC continuarão fazendo terrorismo. Aqui o que há é uma troca de comando. O Secretariado sai, e os comandos médios subirão para continuar fazendo o mesmo: seqüestrando, assassinando, traficando com droga.

O recente atentado a Pradera, Valle, em 16 de janeiro deste ano, é uma mostra da fria e selvagem crueldade dos terroristas a quem o governo do camarada Santos indultará. Nesse brutal atentado contra Pradera, realizado com uma motocicleta-bomba que colocaram em plena praça central, faleceu um civil e ficaram gravemente feridas mais de 60 pessoas.

No dia seguinte a este ato terrorista, Rodrigo Granda, porta-voz dos bandidos em Havana, saiu a dizer que os cabeças das FARC “estão muito surpresos” pelo criminoso ataque. Dias depois, em 24 de janeiro, expediram um comunicado conciso onde reconheciam a autoria do atentado, porém atribuindo-o a uma espécie de dissidência. Disseram que haviam investigado durante vários dias e “descobriram” que a ordem foi dada “pelo comando de uma das unidades que compõem o Bloco Móvel Arturo Ruiz”. Asseguraram que tomariam medidas disciplinares e chegaram ao cinismo de reprovar o atentado: “A ordem partiu de um comando das unidades do Bloco Móvel Arturo Ruiz. As FARC-EP tomaremos nossos correspondentes corretivos disciplinares”, disseram os sem-vergonhas criminosos em sua conta de Twitter.

Juan Manuel Santos falou da Europa e louvou que o Secretariado das FARC tivesse descoberto os “dissidentes” em suas fileiras. O camarada Santos aplaudiu a promessa dos cabeças acerca das supostas medidas corretivas que tomariam. De imediato, os analistas do regime publicaram em revistas e jornais, e falaram pela televisão dizendo que essa dissidência das FARC não causaria estorvo aos diálogos em Havana. Encheram páginas e páginas elogiando os criminosos da mesa de diálogos e sua vontade de paz, ao mesmo tempo em que foram de dedo em riste contra os supostos “dissidentes” dessa narcoguerrilha.

Que o camarada Santos não finja inocência. Que Vargas Lleras tampouco dissimule e nos conte sobre suas reuniões com Timochenko. Essa vagabundagem que cozinham em Havana e na Casa de Nariño deve acabar.

Ouça o áudio de Iván Márquez em qualquer destes links:

https://soundcloud.com/habana-leaks/audio-de-ivan-marquez-habana

http://www.goear.com/listen/44bc700/ivan-marquez-ordeno-atentado-pradera-farc

Esse artigo foi originalmente publicado pela Mídia Sem Máscara