A Rússia está respondendo às sanções – impostas ao país devido ao seu envolvimento na crise ucraniana – utilizando o comércio como arma, restringindo a importação de produtos alimentícios e apresentando para isso motivos sanitários e de “defesa dos consumidores”.
Leite, queijo, cebola da Ucrânia, pêssegos da Grécia, ameixas da Sérvia, maçãs e repolho da Polônia, carne da Espanha são, segundo a agência sanitária russa (Rosselkhoznador), produtos que contêm substâncias nocivas, infectadas por bactérias perigosas ou que não respeitam as normas.
Desde o endurecimento das sanções ocidentais contra Moscou, as autoridades russas decretam quase diariamente um novo embargo sobre os produtos provenientes da Europa e dos Estados Unidos da América.
Na sexta-feira (1), foi a Polônia que viu proibida a exportação de frutas e legumes para a Rússia, devido a “violações repetidas” dos certificados.
Varsóvia perde assim, segundo estatísticas oficiais, um mercado que representa mais de um bilhão de euros por ano.
Nos dias anteriores, foi proibida a importação de batatas da Ucrânia, assim como soja, sumos, conservas, leite, queijo e outros produtos agrícolas, devido à alegada presença de resíduos de antibióticos e infrações em matéria de etiquetagem.
A agência sanitária russa ameaçou decretar um embargo sobre o leite da Letônia, a avicultura norte-americana, produtos alimentícios da Ucrânia, entre outras medidas, algumas que já afetam vários países que exportam para a Rússia.
As razões para a proibição pelas autoridades russas são sempre as mesmas, a proteção dos consumidores e a saúde da população, excluindo todos os motivos políticos.
Estados Unidos da América e Europa decretaram sanções econômicas à Rússia pelo seu envolvimento na crise da Ucrânia.