Rússia e China vetaram novamente a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que ameaçaria as autoridades sírias com sanções. O veto foi condenado pelos países ocidentais.
Isto ocorre apenas um dia após a explosão de uma bomba que matou o ministro e o vice-ministro da Defesa da Síria, que também era cunhado do presidente Bashar al-Assad, num ataque que mostra que o regime tem uma fraqueza visível.
Houve relatos na quinta-feira que Damasco foi novamente abalada por combates entre forças governamentais e combatentes rebeldes.
Rússia e China, que têm status de membros permanentes no Conselho de Segurança, vetaram as resoluções sobre a Síria duas vezes no passado.
A embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, disse que o veto mais recente “é ainda mais perigoso e deplorável”, segundo uma declaração sobre o voto. “Isso não teria sequer imposto sanções nesta fase. E, apesar de afirmações paranoicas, se não forem hipócrita, de alguns ao contrário, isso não autorizaria de modo algum nem mesmo abriria caminho para uma intervenção militar estrangeira”, acrescentou Rice.
O secretário das Relações Exteriores britânico William Hague afirmou que a Rússia e a China “viraram as costas para o povo da Síria em sua hora mais escura”, quando o país entra numa guerra civil.
A Rússia disse que não poderia aceitar eventuais sanções aos oficiais sírios. “O projeto de resolução votado foi tendencioso. A ameaça de sanções foi nivelada exclusivamente ao governo da Síria, e não reflete a realidade do país hoje”, disse Vitaly Churkin, a representante russa na ONU, conforme citada pela mídia estatal RT.