O presidente da Rússia Vladimir Putin anunciou nesta segunda-feira (1) o início da construção de um gasoduto que permitirá, pela primeira vez, exportar gás russo para a China.
Chamado “Força Siberiana”, o gasoduto terá 3.968 quilômetros, do oeste da Sibéria até o extremo oriente, e uma capacidade prevista de 61 bilhões de metros cúbicos.
A construção do empreendimento e da infraestrutura adjacente custará cerca de 55 bilhões de dólares e permitirá que a Rússia cumpra o acordo assinado com Pequim em maio para o fornecimento de gás ao país.
A economia russa depende, em grande parte, da renda obtida com a venda de hidrocarbonetos. “Hoje lançamos o maior projeto de construção do mundo”, disse Putin na cerimônia de inauguração do gasoduto nas proximidades da cidade siberiana de Yakutsk.
O contrato entre ambos países tem validade de 30 anos, com entregas de 38 bilhões de metros cúbicos por ano a partir de 2018 e por um valor estimado de 400 bilhões de dólares neste período.
A Gazprom, operadora russa de gás, quer ampliar sua presença na Ásia graças a este gasoduto e à construção de uma fábrica de gás liquefeito na cidade de Vladivostok.
Segundo Valeri Nesterov, analista do Sberbank CIB, o novo gasoduto “permitirá estabilizar a situação financeira da Gazprom, ameaçada pelo aumento da concorrência e, em consequência disso, pela queda de preços”.