Rússia ameaça fechar espaço aéreo ao Ocidente

09/09/2014 15:57 Atualizado: 09/09/2014 15:57

A União Europeia havia anunciado que iria aplicar novas sanções econômicas à Rússia e o primeiro-ministro russo deixou o aviso de que poderia fechar o espaço aéreo da Rússia a aviões de companhias ocidentais caso as sanções afetassem o setor energético do país, o que acabou por se confirmar ontem (8) à noite.

A UE proibiu as três maiores companhias russas produtoras de petróleo – Rosneft, Gazprom, Neft e Transneft – de contraírem empréstimos de longo prazo junto aos mercados europeus. No entanto, os produtores de gás natural, críticos para o abastecimento de muitos dos estados-membros da UE, ficaram de fora deste novo pacote de sanções, que deverá tornar-se efetivo imediatamente. Há ainda três empresas de produção de material militar, a Oboronprom, a United Aircraft Corp e a Uralvagonzavod, que também devem ser afastadas dos mercados europeus.

O primeiro-ministro da Rússia Dmitry Medvedev já havia admitido a possibilidade de retaliação através do fechamento do espaço aéreo a aviões ocidentais, sublinhando que a medida pode complicar a vida de muitas companhias aéreas, já que o desvio de rota, que obriga a mais quatro horas de voo, aumenta 23 mil euros o custo de um voo.

A alemã Lufthansa já admitiu que poderia perder cerca de 775 milhões de euros em três meses se tiver de alterar as rotas dos seus 220 voos semanais sobre a Sibéria. Além da companhia alemã, a Finnair (115 voos), a British Airways (93 voos) e a Air France (249 voos) são as que mais voam semanalmente sobre a Rússia e também podem ser afetadas pela medida. Atualmente não há companhias americanas que sobrevoem a Sibéria e muitas empresas low-cost têm recusado rotas no espaço aéreo russo, temendo esta resposta de Moscou. A Ryanair recusou recentemente a rota entre Dublin e Sampetersburgo e a EasyJet recusou a ligação Londres-Sampetersburgo.

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Editado pelo Epoch Times