Venezuelanos têm sido instruídos a ignorar os rumores de que o presidente Hugo Chávez está à beira da morte após um artigo informar que ele teria sido colocado em coma e poderia morrer a qualquer minuto.
Chávez viajou a Cuba cerca de três semanas atrás em busca de tratamento e para se submeter a uma cirurgia de câncer, e desde então não se sabe mais dele.
Citando fontes próximas ao assunto, nesta quarta-feira, o jornal espanhol ABC reportou que Chávez foi posto em coma induzido e está sendo mantido vivo por aparelhos. As fontes disseram que estão considerando desligar o suporte de vida após Chávez mostrar sinais vitais extremamente fracos.
Autoridades venezuelanas disseram ao jornal que Chávez ainda está vivo, mas parecem estar se preparando para sua morte. Se Chávez morrer, o vice-presidente Nicolas Maduro, ex-ministro das Relações Exteriores, poderia ser seu sucessor.
No entanto, Maduro disse à televisão venezuelana que Chávez estava consciente e sabia de sua situação complicada no pós-operatório, após três semanas de relativa estabilidade depois de sua operação em 11 de dezembro.
“Vinte e um dias se passaram desde sua operação – três semanas, uma fase muito complexa de pós-operatório”, disse Maduro, segundo o El Universal. Ele disse que visitou Chávez duas vezes desde que chegou a Havana em 29 de dezembro. e que foi capaz de falar com o líder esquerdista.
Maduro responsabilizou os partidos da oposição pelos “rumores” sobre a debilidade de Chávez. “Eles (alguns setores da oposição) querem que o amor do povo se transforme em raiva incontrolável. Alguns da direita acham que isso será bom para eles”, disse ele.
Nem Chávez nem o governo têm divulgado de que tipo de câncer Chávez está sofrendo, enquanto poucos detalhes de sua doença têm sido revelados ao público. No ano passado, Chávez passou por uma cirurgia para remover um tumor canceroso e passou por mais uma cirurgia e radioterapia em Cuba antes de seu último procedimento.
Membros da oposição disseram que rumores e reportagens têm alimentado o sigilo do governo sobre a saúde de Chávez.
O líder da coalizão de oposição, Ramon Guillermo Aveledo, disse que as declarações do governo sobre a condição de Chávez “continuam sendo insuficientes”, relatou a Associated Press.
“Eles deveriam dizer a verdade”, sustentou Aveledo, embora tenha reconhecido que Maduro disse que faria uma divulgação completa sobre a saúde de Chávez. Aveledo acrescentou que o governo deveria publicar o relatório médico de Chávez.
Chávez tem de comparecer pessoalmente em 10 de janeiro para ser empossado para um novo mandato. Se ele não puder chegar a tempo, Aveledo observou que a Constituição diz que a Assembleia Nacional deve assumir o governo do país temporariamente até que uma nova eleição possa ser realizada.
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