Retrospectiva 2014: Pessoas se posicionam contra a perseguição ao Falun Gong (Parte 1)

20/01/2015 06:00 Atualizado: 13/01/2015 16:42
Outro ano se passou. Olhando para trás em 2014, o estado evolutivo dos 15 anos de perseguição ao Falun Gong na China surpreende.

Aqui estão alguns números: entre as estatísticas publicadas no Minghui, mais de 500 advogados defenderam os praticantes detidos em 26 províncias. Milhares de cidadãos assinaram petições com suas impressões digitais em apoio aos praticantes em várias regiões, incluindo Pequim, Hebei, Henan, Tianjin, Shandong, Jilin e Hunan. O movimento de renúncia ao Partido Comunista Chinês (PCC) ganhou ainda mais força: 189 milhões de pessoas renunciaram ao regime e às suas organizações afiliadas até o final do ano passado.

Tudo isto aponta para uma tendência: esta perseguição, que tem como alvo os princípios da Verdade-Compaixão-Tolerância, está perdendo a força. Enquanto isso, mais pessoas têm reconhecido a propaganda do PCC pelo que realmente é e não se envolvido mais na supressão dos praticantes do Falun Gong. Todas as mentiras virão à tona, mais cedo ou mais tarde. A história pertence àqueles que seguiram a sua consciência.

1. Saudações e congratulações da China

No início da perseguição, muitas pessoas foram enganadas pela propaganda de ódio do Partido Comunista. Hostis aos praticantes, um grande número de pessoas permaneceu paralisado em meio à perseguição brutal.

Ao passo que os praticantes puseram grandes esforços para contar às pessoas o que é realmente o Falun Gong, muitas começaram a questionar a propaganda do Partido e tornaram-se mais receptivas a conhecer os fatos sobre a perseguição. Como resultado, elas começaram a apoiar os praticantes e se oporem à perseguição de várias maneiras.

Isto pode ser visto nas saudações de felicitações publicadas nos feriados tradicionais chineses, como o Ano Novo Lunar, o Festival de Meio Outono e o Festival da Lanterna. Milhares de saudações – incluindo belos desenhos, imagens e poemas – são publicadas no Minghui anualmente.

Enviadas por praticantes e pessoas comuns de todos os estilos de vida, as saudações expressaram sincera gratidão pelo Falun Gong e por seu fundador, o sr. Li Hongzhi. Embora estes cumprimentos possam parecer triviais no mundo livre, eles carregam sinceridade e palavras calorosas de uma terra onde as vozes independentes são censuradas.

Abaixo estão algumas saudações publicadas no Minghui para o Dia Mundial do Falun Dafa de 2014, uma celebração anual em 13 de maio. Elas vieram de funcionários do governo, empresários, funcionários administrativos, militares (tanto dos veteranos como daqueles em serviço), do sistema judicial e executivo, do corpo docente de universidades, de advogados e de meios de comunicação profissionais.

Todos foram enviados por pessoas que não praticam o Falun Gong. Por meio das belas imagens e palavras comoventes, as pessoas congratularam o aniversário do sr. Li Hongzhi e desejaram boa sorte a todos os praticantes.

Entre eles estava um homem idoso em seus 90 anos de Shijiazhuang, província de Hebei. Tendo sido um oficial político do PCC por muitos anos antes da aposentadoria, ele se opôs fortemente que os membros da sua família praticassem o Falun Gong. Depois de ter ouvido os fatos, no entanto, ele não só renunciou ao Partido, mas também respeitou o sr. Li Hongzhi e enviou um cartão para comemorar o Dia Mundial do Falun Dafa.

Pelos membros da sua família que praticam o Falun Dafa, muitos vieram a conhecer os efeitos positivos que o Falun Gong trouxe à sociedade. Um deles, no condado de Ningyang, província de Shandong, escreveu: “Caro sr. Li, nos últimos 10 anos, temos observado o alto nível dos praticantes. Isso nos ajudou muito e nos fez sentirmos felizes por ser sua família.”

Um profissional legislativo na província de Shandong escreveu que neste mundo terreno, onde a moralidade quase não é valorizada, “o compassivo Mestre Li, introduziu os princípios da Verdade-Compaixão-Tolerância para as pessoas recuperarem a sua consciência”.

Uma pessoa em Fukang, província de Xinjiang escreveu que o regime totalitário do PCC contribuiu para a degeneração moral na China continental e que “só o Falun Gong e seus praticantes nos dão esperança de futuro”.

Um empresário concordou: “Observando os praticantes, temos testemunhado que o Falun Gong é maravilhoso e sagrado e dá esperanças ao futuro da humanidade. É também por isso que todos nós renunciamos ao Partido.”

Um grande número deles destacou o dano causado pela perseguição. Um policial que trabalha no distrito de Heze, província de Shandong, escreveu que a perseguição ao Falun Gong empurrou uma grande parte da população contra os inocentes. “Ao minar a cultura tradicional e os valores morais da China, a supressão causou uma catástrofe, não só na China, mas também em todo o mundo.”

Um oficial militar em Nanjing, na província de Jiangsu, comentou que o PCC causou danos à China desde que veio à existir. Ele pediu que as pessoas com consciência exponham o Partido vicioso para que a China possa se recuperar com justiça e vigor.

Um funcionário de uma ferrovia escreveu que as pessoas despertaram depois de descobrir as dívidas sangrentas que o PCC cometeu e que “o PCC vai certamente ser desintegrado; este é o único caminho para o futuro”.

Recentemente, muitas pessoas se tornaram mais conscientes sobre a natureza do Partido Comunista. Um grupo de policiais aposentados escreveu: “Depois de ler os Nove Comentários sobre o Partido Comunista, percebemos que tínhamos sido enganados pelas mentiras do Partido. Temos agora despertado do pesadelo e percebemos que o Falun Gong está estabelecendo as bases para o futuro.”

O militar escreveu: “A perseguição ao Falun Gong pelo PCC provocou raiva e oposição tanto na China como na sociedade internacional. As pessoas sabem o que é certo e o que é errado e elas têm chamado a atenção para o fim da brutalidade. O regime do PCC não vai durar muito.”

Vários membros do corpo docente da Universidade Normal Qufu na província de Shandong disseram que tinham sido enganados pela propaganda comunista e incompreendido o Falun Gong. “Isso não só nos afetou, mas colocou em risco a China como um todo. Felizmente, os praticantes do Falun Gong nos contaram o que tinha acontecido, fazendo-nos gradualmente conhecer a verdade. Agora somos capazes de ver através das táticas do regime de Jiang Zemin e decidimos renunciar ao Partido.”

Além de renunciar às organizações do Partido Comunista, muitas pessoas falaram sobre o Falun Gong, bem como sobre as atrocidades que o Partido cometeu. Um policial aposentado do Grupo Ferro & Aço de Shandong escreveu: “Para aqueles que ainda são influenciados pela propaganda de ódio do [PCC], vamos explicar-lhes a natureza do Partido para que renunciem e não afundem com o regime.” O oficial expressou sua gratidão ao sr. Li Hongzhi e ao Falun Gong.

Um grande número de funcionários militares veteranos e de outras profissões disseram que não permanecerão mais como espectadores. Um deles escreveu: “O PCC causou uma catástrofe para as pessoas, tanto dentro como fora da China. Vamos expor isso para mais pessoas, de modo que a verdade seja espalhada ainda mais.”

O presidente de uma empresa em Baidaihe na província de Hebei escreveu que seus funcionários foram abençoados pelo Falun Gong, uma vez que conheceram a verdade e optaram por apoiar a justiça. Ele acrescentou: “Nós nos tornamos de mente mais aberta, mais tolerantes com os outros e o local de trabalho é muito melhor agora.”

Todos os funcionários de uma empresa siderúrgica de propriedade privada escreveram felicitando o Dia Mundial do Falun Dafa: “Estamos muito gratos pelo que o Mestre Li tinha trouxe a este mundo e nós esperamos que todas as pessoas possam conhecer a verdade.”

Um pesquisador da marinha, escreveu: “A justiça vai prevalecer e as pessoas vão ser responsabilizadas por suas ações.” Ele disse que estava agradecido pelo Falun Gong e esperava o que o sr. Li pudesse voltar à China logo.

“Este é um grande dia”, disse um membro da equipe de um jornal na província de Shandong sobre o Dia Mundial do Falun Dafa: “Todos nós, nossa família e amigos queremos expressar nossa gratidão para com o Mestre Li.”

2. Praticar o Falun Gong é completamente legal

A supressão do Falun Gong atingiu quase todos os cantos da sociedade chinesa, mas a maioria das pessoas não consegue questionar a sua legitimidade, uma vez que é imposta pelo regime comunista. Recentemente, um advogado na China escreveu ao Minghui enfatizando que nenhuma lei chinesa tinha oficialmente banido o Falun Gong; ao contrário, a Constituição Chinesa permite as liberdades de crença e de expressão.

De acordo com o advogado, muitas pessoas envolvidas na perseguição realmente violaram a Lei Criminal e Direito Processual Penal da China. Afinal de contas, os praticantes não cometeram quaisquer crimes ao manterem suas crenças, nem nos seus esforços para informar as pessoas sobre o Falun Gong e a perseguição.

É por isso que o sr. Xi Yanyi, um renomado advogado de direitos humanos em Pequim, disse uma vez para os agentes da lei em relação à participação deles na perseguição: “Vocês não podem ser processados hoje, mas isso não significa que vocês não serão julgados no futuro.”

O sr. Xi não está sozinho. De acordo com as informações publicadas no Minghui no primeiro semestre de 2014, entre os 312 processos contra os praticantes do Falun Gong, 147 (47%) tinham advogados para alegar inocência. Estes casos, que envolveram 320 praticantes e 345 advogados, cobriram 26 províncias ou cidades a nível provincial na China. Abaixo estão alguns exemplos.

Quando Mao Hongwei, um advogado da província de Guangdong, província de Liaoning, defendeu a praticante sra. Zheng Shuyun, ele enfatizou que a crença da sra. Zheng no Falun Gong era um direito legal que a permitia possuir livros e materiais do Falun Gong. Quando o promotor mencionou que a sra. Zheng já havia sido detida num campo de trabalho, Mao rebateu que, porque o prazo de detenção não tinha sido decidido através de procedimentos legais e a sra. Zheng foi torturada lá, a detenção “foi uma violação da Constituição Chinesa e da Lei Chinesa”.

As acusações contra os praticantes não têm base legal; muitas vezes isso torna-se claro quando os advogados apresentam os fatos. Por exemplo, quando funcionários da Mongólia Interior julgaram o sr. Song Bingfu e sua esposa sra. Zhang Ping por distribuir DVDs do Shen Yun, o advogado pediu para passar os DVDs que o procurador apresentou como prova. Ao ver este espetáculo de dança clássica que representa a cultura tradicional chinesa, o juiz e o promotor ficaram sem palavras.

Da mesma forma, quando a praticante sra. Luo Jianrong foi julgada na província de Jiangxi em 17 de janeiro de 2014 por duas horas, seu advogado de defesa ganhou uma salva de palmas e aplausos dos presentes pela sua defesa. O juiz e o procurador não refutaram e pareciam derrotados.

Como resultado de tais argumentos da defesa, os funcionários do tribunal, por vezes, começaram a apoiar os praticantes, apesar de ordenarem as sentenças dos praticantes do Falun Gong independentemente da lei. Por exemplo, depois que o sr. Song Zhenhai da província de Hebei foi condenado a três anos de prisão por distribuir DVDs do Shen Yun, seu advogado reiterou a liberdade de crença e à falta de base jurídica da perseguição. Um tribunal de apelações anulou a sentença e ordenou um novo julgamento.

Os advogados de defesa nomeados pelo estado têm mudado de se conformar com a perseguição a defender a inocência dos praticantes, uma vez que eles aprenderam o que realmente estava acontecendo. Quando a sra. Gao Sujuan, o sr. Tang Chao e cinco outros praticantes na província de Liaoning foram levados a julgamento em setembro de 2014, o advogado nomeado pelo tribunal, primeiro, declarou o sr. Tang culpado. Dois advogados-contratados pela família da sra. Guo afirmaram que ela não tinha violado qualquer lei, citando a Constituição, as leis penais e as convenções internacionais. O advogado do sr. Tang, em seguida, mudou a contestação do seu cliente para não-culpado, afirmando que “os atos do sr. Tang não constituíam as de um criminoso, com base na lei. Ele é inocente!”.

3. A perseguição está chegando a um beco sem saída

Por causa da perseguição ao Falun Gong ser inconstitucional e contra a vontade do povo, muitas vezes ocorrem problemas e o PCC persistentemente procura novas formas de intensificar a perseguição. Mas, como diz o velho ditado: a bondade sempre prevalece.

Quatro advogados renomados, os srs. Jiang Tianyong, Zhang Junjie, Wang Cheng e Tang Jitian, foram presos em 21 de março, junto com sete praticantes do Falun Gong quando estavam se preparando para defender os praticantes detidos no Centro de Lavagem Cerebral de Qinglongshan. Pelo menos três dos sete praticantes foram deixados em estado crítico devido aos maus-tratos. Os quatro advogados foram agredidos no processo: entre eles, o advogado Zhang Junjie foi libertado em 27 de março, com três costelas quebradas.

Quando um grupo de cidadãos chineses protestaram numa greve de fome e vigília ao lado de fora do Centro de Detenção de Qixing, um total de 23 pessoas, incluindo três advogados, foram presos no dia 29 de março de 2014. A declaração do protesto foi co-assinada por mais de 60 advogados chineses de diversas áreas, incluindo Pequim, Xangai e Tianjin e das províncias de Sichuan, Henan, Hebei, Guangdong, Shandong e Yunnan.

Isso chamou ampla atenção da Anistia Internacional, do Departamento de Estado dos EUA e de muitas outras agências governamentais. No entanto, os funcionários continuaram a ameaçar os advogados. Mesmo após o julgamento ter começado em dezembro de 2014, os funcionários tentaram diversas maneiras de impedir os advogados, por exemplo, mudando frequentemente a data do julgamento, detendo-os, revogando a autorização de defesa e forçando os membros da família a substituí-los com os advogados nomeados pelo Estado. “Não há nenhuma maneira para que possamos continuar a defesa. As violações do tribunal de justiça são demasiado graves. Todo o julgamento é ilegal. Não há justiça”, disse um dos advogados, Wang Yu.

Em outro caso de obstrução legal, quando o sr. Xu Xianda e a sra. Huang Xiaoxia, um casal na província de Heilongjiang, foram julgados em setembro de 2014, os funcionários não só impediram sua família de assistir ao julgamento, mas também tiraram o advogado do tribunal.

Quando a praticante sra. Feng Xiumei foi julgada em novembro de 2014 na província de Liaoning, funcionários judiciais proibiram o advogado de acessar seus arquivos de casos ou se reunirem com a sra. Feng e retiraram à força o advogado do tribunal durante o julgamento.

A sra. Kong Hongyun, uma médica na província de Hebei, que anteriormente operava sua própria clínica, foi forçada a sair de seu trabalho e presa várias vezes. No final, os funcionários adiaram três vezes seu julgamento, devido à falta de provas e mantiveram-na numa academia no centro de detenção.

Ao contrário da propaganda do Partido contra o Falun Gong difundida publicamente, os funcionários muitas vezes mantiveram julgamentos secretos, inclusive das famílias dos réus. Quando o Tribunal da cidade de Luzhou na província de Sichuan julgou dois praticantes em novembro de 2014, os oficiais programaram o julgamento dentro de um centro de detenção, colocaram três postos de fiscalização do lado de fora e mobilizaram cerca de uma centena de funcionários do governo local para bloquearem os familiares e curiosos.

Em alguns casos, os advogados são inclusive agredidos fisicamente. Após o julgamento da sra. Gu Zucui, uma praticante de Luzhou, província de Sichuan, encerrado em 12 de novembro de 2014, seu advogado deixou a sala do tribunal e foi imediatamente cercado por funcionários do governo e funcionários da Agência 610. À medida que a quadrilha humilhava e insultava o advogado, um deles pegou os óculos dele e pisou em cima. Os funcionários aplaudiram quando o advogado foi embora sem dizer uma palavra. Um dos perpetradores disse: “Se ele revidasse, iríamos espancá-lo até que ele nunca mais se atrevesse a voltar a Pengzhou.”

Na província de Jilin, um grupo de praticantes havia sido detido ilegalmente por quase 14 meses. Embora o seu julgamento tivesse sido marcado para dezembro de 2014, funcionários de várias agências impediram seus advogados, em muitos aspectos:

1) Os agentes do tribunal recusaram-se a aprovar licenças de defesa dos advogados e negaram o acesso aos documentos dos casos.
2) Os procuradores desencorajaram repetidamente os praticantes e suas famílias de contratarem advogados, oferecendo em troca taxas menores.
3) Os funcionários do centro de detenção ordenaram um praticante detido para parar de contratar advogados de outras cidades e ameaçou: “Nós temos uma quota de morte de cinco por ano neste centro de detenção.”
4) Quando os advogados foram à agência de supervisão do centro de detenção e assinalaram que a detenção a longo prazo era ilegal, um oficial disse: “Sabemos que isso é detenção a longo prazo, mas não há nada que possamos fazer.”

Ambos Laozi, um sábio na China antiga, como o dramaturgo grego Eurípides disseram certa vez: “Aqueles a quem os deuses desejam destruir, primeiro ficam loucos.” Isso pode coincidir bem com a perseguição ao Falun Gong na China, uma vez que cada pessoa envolvida está fazendo uma escolha.

(Continua)