Resistência à perseguição ao Falun Gong na China alcança ponto crítico

19/05/2014 13:11 Atualizado: 19/05/2014 13:11

A resistência pacífica dos praticantes do Falun Gong na China nos últimos 15 anos tem sido um desafio sem precedentes para o Partido Comunista Chinês (PCC). Nunca houve um grupo na China que manteve uma resistência pacífica por tanto tempo.

Enquanto a perseguição continua, a perseverança se fortalece e cada vez mais chineses se dão conta da batalha entre o Falun Gong e o Partido Comunista Chinês, conforme pregado pela propaganda do regime. Os esforços dos praticantes do Falun Gong para esclarecer a verdade ajudaram a população chinesa a perceber que eles não têm devem ser meros espectadores da perseguição.

Como resultado, o ano de 2013 testemunhou muitos optando por secretamente ajudar ou libertar praticantes do Falun Gong. Vizinhos, colegas de trabalho e simpatizantes estão dando um passo adiante exigindo justiça, a libertação desses prisioneiros de consciência ou alguma compensação às inúmeras famílias destruídas. Mais advogados estão representando os praticantes do Falun Gong apesar das ameaças dos tribunais e forças de segurança locais. Eles também compreenderam e resolveram processar a Agência 610 – uma subdivisão da polícia secreta chinesa encarregada especificamente de exterminar o Falun Gong –, além de afirmarem “inocência” em nome de seus clientes.

Após 15 anos de brutalidade, o número de chineses que agora sabem a verdade e compreendem os fatos sobre a perseguição ao Falun Gong se aproxima de uma massa crítica. Os praticantes do Falun Gong priorizado o esclarecimento da verdade àqueles que promovem a perseguição, porque sabem que esses perpetradores estão de fato fazendo mal a si mesmos enquanto ameaçam, prendem, torturam e matam adeptos do Falun Gong. O impacto desses esforços está se tornando mais evidente.

Secretário do PCC ajuda os praticantes secretamente

Um secretário do Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL) assistiu um desfile do Falun Gong quando visitou Hong Kong e um praticante aproveitou a ocasião para informá-lo sobre o que é a disciplina espiritual do Falun Gong e sobre os detalhes da perseguição. Conscientizado da situação, o funcionário renunciou no ato ao Partido Comunista Chinês e disse ao praticante que faria o melhor para proteger os praticantes de novas perseguições. De fato, este praticante havia perdido seu emprego devido à perseguição na China e esse funcionário o ajudou a recuperá-lo.

Polícia se recusa a promover a perseguição

O website Minghui.org publicou a seguinte história no dia 16 de dezembro de 2013. Praticantes de uma aldeia no Nordeste da China frequentemente costumavam estudar os ensinamentos do Falun Dafa juntos e uma noite alguém os denunciou à polícia. O informante telefonou cerca de dez vezes antes que a polícia decidisse ir de carro até a vila, porém os policiais foram atrás do informante e não dos praticantes. A polícia lhe advertiu que não fizesse isso de novo porque não é correto tirar proveito de uma situação tão injusta.

Em outro incidente, uma praticante foi detida e levada à delegacia. Ela aproveitou a oportunidade para contar aos oficiais os fatos sobre o Falun Gong. No início os policiais não quiseram escutá-la, porém eventualmente concordaram com ela. Um funcionário da Agência 610 disse: “Eu entendo senhora. Sei que você é inocente. Não serei mais parte dessa perseguição. Não quero acumular carma ou pecados. Você não teve oportunidade de comer durante todo o dia. Trarei algo para você comer.” Ele também prometeu libertá-la no mesmo dia e às 18h cumpriu sua palavra.

No dia 31 de julho de 2013, dois praticantes idosos foram denunciados por distribuir folhetos do Falun Gong nas ruas. A polícia local os prendeu, mas autoridades municipais foram resgatá-los. estiveram Durante todo o tempo os praticantes lhes contaram sobre os benefícios do Falun Gong e deram exemplos de como sua saúde e caráter melhoraram com a prática dos exercício e o cultivo íntimo da verdade, compaixão e tolerância. Após entender os fatos, a polícia local telefonou para as autoridades municipais e lhes disse: “Não se preocupem em vir, os praticantes se foram.” Em seguida, eles os libertaram.

Exposição mais sistemática da perseguição

Novos incidentes de perseguição são reportados diariamente no Minghui. À medida que os fatos da perseguição se tornam mais acessíveis, é possível prover informações mais detalhadas e abrangentes. Atualmente, está disponível relatórios de casos de mortes, detenções e perseguição sistemática do regime comunista chinês desde 1999.

Apenas na primeira metade de 2013, 445 praticantes foram sentenciados à prisão e 186 foram enviados a centros de lavagem cerebral, totalizando 631 pessoas, cifra 45 vezes maior do que o número de praticantes enviados a campos de trabalho forçado. Baseados em informações de toda a China, o Partido Comunista Chinês agora envia os praticantes do Falun Gong para prisões e centros de lavagem cerebral em vez de campos de trabalho forçado, porém na essência a perseguição não mudou.

Esforços incansáveis e proativos para esclarecer a verdade

A perseguição do Partido Comunista Chinês ao Falun Gong é fundada em mentiras e calúnias que visam confundir a opinião pública e justificar seu genocídio. Os esforços diários em expor a verdade têm sido o pilar do movimento pacífico de resistência dos praticantes do Falun Gong nos últimos 15 anos.

Um praticante de 80 anos da província de Hebei disse: “Os praticantes em meu grupo de estudo do Falun Dafa vão desde jovens a idosos. Nós nos ajudamos no estudo dos princípios da prática, no cultivo espiritual e no esclarecimento da verdade. Quase todos nós saímos às ruas para distribuir materiais e contar às pessoas a história do Falun Gong. Cerca de 100 pessoas renunciaram ao Partido Comunista num único dia por meio de nosso ativismo. Nossos folhetos, DVDs e materiais provêm de diversos locais, porém, distribuímos tudo rapidamente, confiantes de que mais chegará para prosseguirmos.”

Os praticantes mais jovens que têm mais facilidade com as novas tecnologias distribuem CDs do Freegate, um programa utilizado para contornar a censura da internet na China, permitindo às pessoas acompanharem os acontecimentos da perseguição seja nos arredores ou nos bastidores do poder. Um praticante disse: “Eu vou de porta em porta em edifícios comerciais e me aproximo de jovens em restaurantes de fast-food e lhes entrego o Freegate. A maioria me agradece e aceita o CD.”

Para que as pessoas tenham acesso à verdade, embora os praticantes estejam arriscando suas vidas, eles não deixam de perseverar em seus esforços. A sra. Deng Liping, uma praticante de 69 anos de Chongqing, foi à delegacia de Xiejiawang em agosto de 2013, para pedir que lhe devolvessem seu dinheiro e pertences que foram roubados quando as autoridades saquearam sua casa por praticar do Falun Gong. A polícia a prendeu e a levou para um centro de lavagem cerebral, mas 10 dias depois a libertaram.

Logo que pôde, ela pegou um papel a caminho de casa e escreveu tudo o que lhe ocorreu. Ela fez várias cópias e entregou nos departamentos do governo de sua comunidade. As autoridades a prenderam novamente e a levaram para uma sessão de lavagem cerebral e não a libertaram até o dia 26 de outubro. Porém, a sra. Deng continuou esclarecendo a verdade aos departamentos do governo e os advertiu que parassem de ajudar na perseguição.

Maior apoio social dos cidadãos

A campanha social dos praticantes do Falun Gong tem tocado mais e mais pessoas que estão revoltadas com a brutalidade da perseguição e que resolveram unir esforços para resgatar os praticantes inocentes.

Em junho de 2012, a sra. Li Lankui, uma praticante da aldeia de Dong’an, na província de Hebei, foi presa. Setecentas pessoas em sua comunidade assinaram uma carta solicitando sua liberação. O incidente foi reportado mundialmente, inclusive apresentado numa audiência do Congresso dos Estados Unidos. O Partido Comunista Chinês ignorou os apelos públicos e manteve a sra. Li na prisão. Em 2013, mais pessoas se uniram ao esforço de resgate e apresentaram outras três petições. Foi coletado um total de 10.955 assinaturas.

No dia 18 de abril de 2013, o sr. Pei Wenhai foi preso na vila de Fuzuo, província de Hebei, por falar com transeuntes sobre a perseguição ao Falun Gong. Uma petição para solicitar sua liberação foi assinada por 626 pessoas.

Em abril de 2012, o sr. Hua Lianyou de Tianjin foi sentenciado a 7 anos no Presídio Binhai por praticar o Falun Gong. Ele fez uma greve de fome por mais de 500 dias para protestar contra a perseguição. As autoridades prisionais ordenaram aos reclusos que o espancassem e alimentaram à força com tubos. A família do sr. Hua pediu apoio público para resgatá-lo. Em pouco tempo, 2.815 assinaturas foram coletadas. Apesar das ameaças e da perseguição do Partido Comunista, cada mais pessoas se posicionaram e assinaram, somando um total de 8.084 em novembro de 2013.

Sobre o crime da extração forçada de órgãos de pessoas vivas promovido pelo regime comunista chinês, especialmente contra praticantes do Falun Gong, o povo chinês ficou chocado e furioso com esta atrocidade. O Minghui e o jornal Epoch Times informaram que 310 pessoas na China continental assinaram uma petição em meados de dezembro de 2013, protestando contra a extração forçada de órgãos. Nas duas semanas seguintes, mais 6.259 pessoas assinaram petições similares. As petições protestam contra a atrocidade da extração forçada de órgãos coordenada pelo Partido Comunista contra dissidente e prisioneiros de consciência e exigem uma investigação sobre os crimes cometidos pelo ex-chefe da segurança pública chinesa Zhou Yongkang, pelo político chinês desgraçado Bo Xilai e por outros responsáveis, como o ex-líder chinês Jiang Zemin, que originalmente ordenou a campanha de perseguição contra o Falun Gong.

Revelação da verdade faz os malfeitores retrocederem

Em 2013, pelo menos 45 praticantes de distintas províncias processaram os perpetradores pela perseguição do Falun Gong. Fazer isso, além de declarar “inocência” nos tribunais chineses, se tornou uma tendência importante na resistência pacífica dos praticantes à perseguição. O recurso a meios legais serve como uma declaração aberta de que a população de maneira mais ampla nega esta perseguição ilegal. Independentemente do resultado dessas ações, elas restringiram os perseguidores num grau considerável.

Ao defrontar-se com um crescente número de queixas, o Partido Comunista ordenou aos advogados de todo o país que não aceitassem casos do Falun Gong. Porém, os advogados chineses defendem cada vez mais os praticantes, mesmo que muitas vezes eles mesmos sejam alvos de represália das autoridades, e que os têm levado a processar os órgãos judiciais e as forças de segurança da China pelo comportamento ilegal e flagrante ausência de estado de direito.

No dia 5 de dezembro de 2013, mais de 20 pessoas, entre elas familiares, amigos e quatro advogados de defesa dos praticantes detidos no Centro Qinglongshan de Lavagem Cerebral, na província de Heilongjiang, se reuniram diante da instalação e pediram ao diretor que libertasse imediatamente os praticantes detidos.

Em 21 de junho de 2013, as autoridades chinesas do Tribunal Distrital de Xigang em Dalian julgaram 13 praticantes. Doze advogados assistiram ao julgamento. As autoridades haviam ameaçado suspender as licenças dos advogados. No entanto, os advogados insistiram em defender os praticantes. Previamente, os advogados fizeram um grande e extenso trabalho em protesto contra as detenções dos familiares e simpatizantes dos praticantes em 12 de abril. A polícia não se atreveu a prender ninguém no julgamento do dia 21 de junho.

Depois do recesso do julgamento, o tribunal modificou o local e a data do julgamento com a intenção de condenar os 13 praticantes sem que seus advogados estivessem presentes. Os advogados protestaram contra a violação dos procedimentos legais e se negaram a aceitar as alterações. O tribunal foi forçado a reagendar o julgamento. Os fortes argumentos dos advogados e as poderosas manifestações mostraram sua oposição pública contra a perseguição.

Os perpetradores estão sendo dissuadidos por essas ações. Temendo ser levados à justiça, alguns guardas prisionais têm reduzido suas ações e perguntado aos praticantes se estes vão denunciá-los após serem libertados.

Com mais chineses conscientes da bondade do Falun Gong e com um crescente apoio dentro e fora da China pelo fim da perseguição, mais mudanças positivas são esperadas este ano.

Esta matéria foi originalmente publicada pelo Minghui.org