Mais três tibetanos se imolaram
Três tibetanos se autoimolaram recentemente nas províncias de Qinghai e Gansu em protesto contra o regime do Partido Comunista Chinês, elevando para 81 o número de tais incidentes. Um grupo de direitos disse que a repressão chinesa na região está exacerbando a situação e levando a mais autoimolações.
Tamding Dorjee, de 29 anos, de Qinghai, foi a último a colocar fogo em si em frente a um prédio do governo na área de Rebkong com as mãos juntas em sinal de oração e apelo, segundo o grupo de direitos Campanha Internacional pelo Tibete, também conhecido como Save Tibet.
Também em Rebkong, Lubhum Gyal, de 18 anos, se imolou e morreu na quinta-feira passada. Na sexta, o ex-monge budista Tamdrin Kyab, de 23 anos, pôs-se em chamas na província de Gansu, segundo o grupo de direitos.
“Os tibetanos que estão se autoimolando – agora cada vez mais rapidamente – claramente não foram dissuadidos pelo aumento da segurança ou outras formas de intimidação oficial”, disse Mary Beth Markey, presidente do Save Tibet, numa declaração no sábado.
“No entanto, as autoridades parecem continuar apostando que o aumento da opressão fará recuar ou exaurir a vontade de futuros autoimoladores.”
Markey disse acreditar que as imolações persistirão e devem piorar a menos que algumas ações corretivas sejam tomadas para acabar com a repressão chinesa.
“Acho que todos reconhecemos que mais tibetanos se prepararão para tomar a ação agonizante de se autoimolar. E isso é um cálculo terrível e inaceitável”, disse ela.
As autoridades chinesas disseram aos tibetanos na sexta-feira em Rebkong para não irem aos lares dos que se imolaram, segundo o Save Tibet.
“Eles também disseram que se os monges fossem orar pelos autoimolados, os monastérios seriam fechados e que as famílias dos autoimolados seriam punidas”, disse o Save Tibet.
Mas em desafio aos avisos oficiais, mais de mil pessoas se reuniram onde Tamding Dorjee se pôs em chamas para cremar seu corpo.
Tibetanos no exílio pediram para aqueles que estão na China para pararem as autoimolações, porque eles apoiam a não-violência, mas são contra esta prática. Entretanto, eles culparam o regime chinês por implementar políticas que abusam dos direitos dos tibetanos que vivem no país, dizendo que tais políticas ameaçam a existência da cultura, da religião e da língua tibetanas.
Na sexta-feira, milhares se reuniram na cidade tibetana exilada de Dharamshala na Índia para expressar suas condolências pela recente leva de imolações, segundo o jornal pró-tibetano Phayul. O jornal dizia que em sete dias houve sete autoimolações.
Lobsang Sangay, um líder em Dharamshala, disse que a cerimônia é necessária para expressar solidariedade pelos tibetanos que estão na China.
“Fizemos nossas orações em honra às famílias dos autoimolados, pelos tibetanos presos e pelo povo tibetano que perdeu sua vida no Tibete”, disse o Phayul.
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