Repórter de Hong Kong espancado após julgamento de Gu Kailai

15/08/2012 03:00 Atualizado: 15/08/2012 03:00

Gu Kailai (esquerda) e Bo Xilai (direita). (Arquivo Epoch Times)No dia seguinte após o importante julgamento de Gu Kailai, a esposa de Bo Xilai, um oficial recém-deposto do Partido Comunista Chinês; um repórter de Hong Kong foi espancado por policiais à paisana quando tentava reportar sobre as detenções fora do tribunal.

O assalto ao repórter Lei Zhaohe da Ásia Televisão aconteceu no Tribunal Intermediário Popular em Hefei, província de Anhui, por volta das 9h30 da manhã de 10 de agosto, segundo o Mingpao, um jornal baseado em Hong Kong.

“Dois homens correram em minha direção, mas [eu] não cai e continuei a filmar. Então, um homem vestindo uma camisa listrada veio por trás e colocou suas mãos em volta de mim. Eu não podia ver, pois ele começou a me bater e arranhar minha barriga”, disse Lei Zhaohe, segundo uma reportagem da Ásia Televisão (ATV).

A ATV é uma das duas principais emissoras de Hong Kong. Ela opera seis canais no país, incluindo ATV Home, em cantonês, e o CCTV-1, o canal internacional da China Central de Televisão.

Lei Zhaohe começou a filmar depois de testemunhar algumas pessoas sendo arrastadas pela polícia. Um deles era uma mulher, que estava sendo tratada agressivamente e foi jogada no chão, disse o artigo do Mingpao.

De acordo com a NTDTV de Nova York, os indivíduos eram residentes da cidade de Hefei que foram protestar contra o que chamaram de tratamento injusto do sistema judicial chinês.

Outros repórteres que estavam na cena correram quando viram Lei Zhaohe sendo contido, mas a polícia usou guarda-chuvas para tentar bloquear a visão deles. Lei Zhaohe tentava se libertar, enquanto a polícia tentava confiscar seu equipamento.

Ele ficou com a cintura inchada, arranhões no seu tronco e um polegar sangrando, segundo o Mingpao.

A Associação de Repórteres de Hong Kong condenou o incidente, afirmando que a Secretaria de Segurança Pública de Hefei pisoteou abertamente na liberdade de imprensa. Num comunicado, a associação solicitou que o chefe-executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, resolvesse a questão e garantisse a segurança dos repórteres de Hong Kong e a liberdade de imprensa na China.