Fonte diz que foram as forças especiais instigadas pelo chefe da segurança pública
Após enormes protestos no sudoeste da China sobre a proposta de construção de uma refinaria de cobre e molibdênio, oficiais do governo responsabilizaram “alguns criminosos” pela violência que deixou dezenas de feridos.
Um oficial do regime em Chengdu, capital de Sichuan, disse ao Epoch Times que os agressores não eram policiais locais, mas, na verdade, a “polícia especial” (tejing) pertencente a Polícia Armada do Povo (PAP), que é supervisionada pelo chefe maior da segurança pública Zhou Yongkang. O oficial de Chengdu acredita que Zhou é o verdadeiro responsável pela violência.
Falando sob condição de anonimato, o oficial de Chengdu também disse ao Epoch Times que foi a polícia especial que lançou granadas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo nas pessoas em 2 de julho. “O governo local não seria tão arrogante. Isso significa que a força instigadora por trás do sangrento incidente de Shifang é o Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL), que supervisiona o Departamento de Manutenção da Estabilidade”, disse ele.
Embora as autoridades locais tenham parado a construção da usina na semana passada, o derramamento de sangue não parou, segundo o oficial anônimo. Ele disse que o protesto ambiental se transformou numa manifestação contra a violência da polícia de choque.
As autoridades locais de Shifang e Deyang, em visitando aos hospitais, disseram aos feridos que apenas alguns criminosos provocaram a violência quando invadiram um prédio do governo atirando objetos em policiais armados. Os pacientes rejeitaram a explicação, dizendo que as razões dos oficiais eram infundadas. A explicação contrastou fortemente com os relatos apresentados pelos manifestantes e as fotos circuladas amplamente em websites chineses mostram a polícia batendo em civis desarmados. Outros policiais ficaram parados e não fizeram nada, segundo os internautas.
Um dos feridos, o Sr. Tse de Huilan em Shifang, disse ao Epoch Times que a polícia de choque atacou a todos e não apenas a poucos manifestantes violentos. Ele disse que quando estava andando com sua esposa e filha em 3 de julho, a polícia atirou o que parecia ser uma granada de flash neles.
A luz e o som intensos da explosão deixaram-no atordoado e tonto. Ele também não podia ver nada e seus ouvidos ficaram extremamente doloridos. Mais tarde, o Sr. Tse percebeu que a explosão feriu seus pés. Ele acredita que a polícia jogou uma granada.
A Sra. Tse, que sofreu uma grave lesão na perna, disse ao Epoch Times que as recentes visitas hospitalares de oficiais do governo eram apenas um show, porque eles vieram com repórteres de televisão e polícias à paisana. Autoridades do governo não puderam dar qualquer razão para a polícia de choque atirar bombas e gás lacrimogêneo, mas prometeram pagar por todas as despesas médicas, disse ela.
Nenhuma das forças policiais ou qualquer agência do regime se posicionou para assumir a responsabilidade pela violência.