Relatório diz que suplementos herbais contêm arroz e trigo

15/01/2014 12:38 Atualizado: 15/01/2014 12:38

Suplementos herbais são falsos ou não são exatamente o que parecem ser, de acordo com um novo relatório. O relatório diz que o mercado de suplementos herbais gera 5 bilhões de dólares americanos por ano, mas os suplementos são principalmente compostos de enchimento.

Em entrevista exclusiva, o The New York Times informou que testes de DNA mostraram que muitas pílulas herbais, que alegam curar sintomas de doenças como gripe, ou estimular a memória, são principalmente compostas de arroz e ervas.

Pesquisadores canadenses, usando um tipo de teste chamado de “Código de barras de DNA”, olharam 44 tipos diferentes de suplementos herbais vendidos por 12 empresas, relatou o jornal.

Eles descobriram que muitas das pílulas não estão de acordo com o que é anunciado, enquanto que muitas eram diluídas com materiais de enchimento, incluindo arroz, trigo e soja.

Alguns dos suplementos incluíam St. John de ervas e echinacea, que são frequentemente utilizados nos EUA.

“Isto sugere que os problemas são generalizados e que o controle de qualidade de muitas empresas, por ignorância, incompetência ou desonestidade, é inaceitável”, disse David Schardt, junto com o Centro para Ciência de interesse Público ao jornal. “Diante desses resultados, é difícil recomendar quaisquer suplementos de ervas para os consumidores”.

Em 2011, O Daily Mail relatou que pílulas herbais falsas, que alegavam aumentar o desempenho sexual, continham ingredientes do Viagra, segundo o FDA.

“Este incidente é um exemplo de uma tendência crescente de produtos comercializados como suplementos dietéticos ou alimentos convencionais com medicamentos escondidos e produtos químicos”, disse Ilisa Bernstein, junto do Gabinete Regulador no Centro de Avaliação e pesquisa de Drogas do FDA há dois anos atrás.

Porém, o The New York Times informou que suplementos herbais podem ser comercializados e vendidos com pouca supervisão regulatória devido a uma lei aprovada em 1994.

“Precisamos de um regulador mais forte fazendo cumprir toda a força da lei. Os recursos do FDA são limitados, e portanto a execução não tem sido historicamente tão rigorosa quanto poderia ser”, disse Duffy Mackay, do Conselho de Nutrição Responsável, ao jornal.