O relator Odair Cunha (PT-MG) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, anunciou nesta quarta-feira (2) os nomes dos primeiros depoentes, para investigar as articulações do contraventor Carlinhos Cachoeira com funcionários públicos e privados, informou Agência Câmara de Notícias.
O relator afirmou que não haverá “blindagem” aos governadores envolvidos no caso Cachoeira. “Todos os que estiverem envolvidos serão ouvidos, e os governadores deverão depor possivelmente já no próximo mês”, disse Odair Cunha segundo Agência.
Cunha e o presidente da CPMI, o senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), discutiram com os integrantes da Comissão, deputados e senadores, o plano de trabalho apresentado pelo relator.
Segundo os procedimentos da investigação, que recomendam ouvir primeiro as acusações e depois a defesa dos acusados, Cunha selecionou agentes públicos como primeiros depoentes.
Até agora entre os nomes anunciados está o delegado da Polícia Federal (PF) Raul Alexandre Marques Souza, responsável pela Operação Vegas, primeiro a depor dia 8 de maio. Outro delegado da PF, Mateus Rodrigues e os procuradores do Ministério Público, Daniel Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela Operação Monte Carlo, devem depor à CPMI dia 10.
Dentre os acusados, está o próprio contraventor, Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido Carlinhos Cachoeira, que deverá depor no dia 17 de maio à CPMI.
Os “conhecidos integrantes da organização criminosa”, como apontados pelo relator, Jose Olímpio de Queiroga, Gleib Ferreira da Cruz, Geovani Pereira da Silva, Vladimir Garcez e Lenine de Sousa, devem depor dia 22 de maio. A audiência dos considerados “espiões” do caso Cachoeira, Idalberto Matias e Jairo Martins, será 24 de maio.
O depoimento do ex-diretor da Construtora Delta no Centro Oeste, Cláudio Abreu, será 29 e dia 31 será a audiência do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), pego em conversas telefônicas com Cachoeira e seus auxiliares.
O relator explicou à Comissão na reunião porquê ainda não convocou o presidente da empresa Delta, Fernando Cavendish. “Ainda não tenho elementos para chamar Cavendish por não ter conhecimento detalhado de todas as investigações” disse Cunha, segundo a Agência.
A reunião ainda está ocorrendo na sala 2 da Ala senador Nilo Coelho, do Senado.